A casa de investimento aumentou de 2,80 euros para 3,30 euros o preço-alvo da Zon, o que confere às acções um potencial de subida de 13,3% face à actual cotação. A recomendação é de “comprar”, de acordo com uma nota de research a que o Negócios teve acesso.

A nova avaliação tem por base “uma probabilidade de 80% do negócio ser aprovado”.

O que pode travar a operação? A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) “obrigar” o veículo de investimento, que será detido pela Sonaecom e por Isabel dos Santos, “a lançar uma oferta aos accionistas minoritários”, salienta o analista Paul Marsch na nota de análise.

Quanto à reacção da Vodafone a este processo, a casa de investimento considera como possibilidade “uma oferta sobre a Zon”, ainda que admite que esta possibilidade seja “muito difícil” sem o acordo da principal accionista da Zon, que é a empresária angolana, Isabel dos Santos.

A casa de investimento adianta que a oferta dos quatro serviços de comunicações – telefone, internet, televisão e telemóvel – “parece ser a nova batalha nos países do sul da Europa. A fusão plausível entre a Zon e a Optimus aumenta a preocupação sobre a capacidade da Vodafone permanecer competitiva em Portugal.”

As acções da Zon seguem a perder 2,51% para 2,912 euros, depois de ontem terem fechado a  sessão a subir mais de 6%, a reflectir o anúncio de negociações entre a empresa liderada por Rodrigo Costa e a Sonaecom.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.