Notícia
Governo espera forte procura dos investidores na privatização dos CTT
Sérgio Monteiro confia que os investidores que participaram na privatização do Royal Mail vão estar também interessados nos CTT.
Sérgio Monteiro, secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, está optimista com o desfecho da oferta pública de venda e venda directa dos CTT, estimando uma forte procura por parte dos investidores particulares e institucionais.
“É obviamente o que esperamos”, afirmou o governante em entrevista à Bloomberg. “Pendo que a história que está a ser apresentada aos investidores é muito robusta”, acrescentou.
Arrancou na terça-feira o período em que os investidores podem dar ordens de compra das acções dos CTT, numa operação que culminará com a entrada em bolsa dos títulos a 5 de Dezembro e que representará um encaixe de cerca de 500 milhões de euros para o Estado, caso as acções sejam vendidas ao ponto médio do intervalo (definido entre 4,10 e 5,52 euros).
Sérgio Monteiro confia que os investidores que compraram acções do Royal Mail e do Bpost – empresas de correios do Reino Unido e Bélgica que também entraram recentemente em bolsa – “provavelmente” vão também participar na privatização dos CTT.
“No caso do Royal Mail o preço das acções subiu para níveis muito mais elevados do que definido na OPV, mas tal não é comparável com os CTT”, alertou Sérgio Monteiro, considerando que o preço que o Governo definiu para a privatização dos CTT é “justo”.
O secretário de Estado voltou a defender a opção pela privatização dos CTT em bolsa, argumentando que “mesmo que as acções venham a ser vendidas ao ponto mais baixo do intervalo, será um valor mais elevado do que as melhores avaliações no caso de uma venda directa”.
Se as acções forem vendidas a 4,10 euros, os CTT ficam avaliados em 630 milhões de euros. A melhor proposta para compra dos CTT avaliava a empresa em 600 milhões de euros, de acordo com Sérgio Monteiro.