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Walmart ofusca bom desempenho das tecnologias

As bolsas norte-americanas encerraram em terreno misto esta terça-feira, com a queda dos títulos da Walmart a pressionar sobretudo o Dow Jones e o Standard & Poor’s 500. Em contrapartida, o Nasdaq negociou no verde, sustentado pelo bom momento das tecnologias, mas terminou a ceder ligeiramente.

As obrigações soberanas não têm sido o activo mais popular nos últimos anos, devido às rentabilidades negativas. Mas, em momentos de maior turbulência, é neste tipo de activos que a maioria dos investidores procura refúgio. E, desta vez, não será excepção. A maioria dos especialistas prefere, porém, a exposição às 'treasuries' norte-americanas.

'Com a maioria da economia mundial a abrandar decidimos aumentar a nossa alocação em títulos de dívida, sobretudo obrigações norte-americanas', escreve o Pictet numa nota de estratégia, divulgada na semana passada. A gestora de activos diz que há vários factores que favorecem a exposição às 'treasuries', face, por exemplo, às 'bunds' alemãs. 'Os mercados accionistas tendem a ser mais voláteis durante Julho e Agosto, o que pode levar a uma maior procura por obrigações soberanas dos EUA', explicam os especialistas.

Já a Amundi 'continua a favorecer títulos com uma duração curta nas obrigações 'core' devido às avaliações caras e ao fim dos estímulos que se está a aproximar'. Fora da dívida, os investidores podem ainda procurar refúgio no mercado cambial. Além do iene, uma das principais apostas dos investidores em momentos de maior instabilidade, o dólar é outro dos refúgios. Devido à divergência na política monetária entre os EUA e a Zona Euro, a nota verde deverá valorizar face ao euro.
EPA
20 de Fevereiro de 2018 às 21:18
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O Dow Jones fechou a cair 1,01%, para se fixar nos 24.964,75 pontos, e o Standard & Poor’s 500 seguiu a mesma tendência, a recuar 0,58% para 2.716,26 pontos.

 

Este movimento negativo foi acompanhado pelo tecnológico Nasdaq Composite, se bem que em menor dimensão, ao perder 0,07%, para 7.234,31 pontos.

 

A pressionar as transacções em Wall Street esteve a forte queda da retalhista Walmart, depois de ter reportado lucros abaixo do esperado e uma forte queda no crescimento das vendas online durante o período natalício.

 

As acções da Walmart afundaram 10,17% no fecho, naquela que foi a maior descida percentual desde Outubro de 2015. Esta tendência de queda estendeu-se a outras grandes empresas do sector, como a Target e a Kroger.

 

Do lado dos ganhos, o destaque esteve nas tecnológicas, que animaram o Nasdaq mas não o impediram de fechar no vermelho, se bem que com uma descida marginal.

 

A Amazon sobressaiu com uma subida de 1,36% para 1.468,35 dólares.

 

Entretanto, a Qualcomm deslizou 1,33% depois de ter elevado a sua oferta de compra sobre a NXP Semiconductors NV, de 110 para 127,50 dólares por acção. Já as acções da NXP dispararam 5,96%.

 

"O que se está a passar com a Qualcomm e com a sua oferta de compra sobre a NXP está a tornar os semicondutores mais atractivos", comentou à Reuters o principal estratega da TD Ameritrade em Chicago, JJ Kinahan.

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