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Walmart brilha num dia negro para a General Electric. Bolsas dos EUA sobem

As bolsas dos EUA fecharam com ganhos, com exceção do Nasdaq, num dia em que os investidores balançaram entre as boas novas e as notícias negativas. A General Electric registou a maior queda dos últimos 11 anos. Já a Walmart revelou números que animaram a negociação.

Reuters
15 de Agosto de 2019 às 21:16
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As bolsas americanas fecharam a sessão com ganhos, na maior parte dos casos, num dia marcado pela divulgação de vários indicadores económicos, de resultados de cotadas e de novidades sobre a guerra comercial entre os EUA e a China. O grande destaque, pela negativa, vai para a General Electric, que afundou mais de 11%, e do, lado oposto, esteve a Walmart, que apresentou resultados que surpreenderam pela positiva os investidores. 


O Dow Jones subiu 0,39% para 25.579,39 pontos e o S&P500 cresceu 0,25% para 2.847,60 pontos, enquanto o Nasdaq contrariou e caiu 0,09% para 7.766,62 pontos.

O dia começou com novidades da China, com Pequim a endurecer o tom do seu discurso, acusando Trump de desrespeitar o acordo de Osaka e ameaçando com mais tarifas, o que prejudica ainda mais o sentimento negativo dos investidores.

Após essa acusação, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que a China espera que os EUA cedam para que se implementar o consenso alcançado em Osaka, segundo a CNBC.

Do lado positivo, destaque para a Walmart, cujas ações subiram mais de 6%, depois de a retalhista ter apresentado resultados do trimestre que superaram as estimativas dos analistas e de ter elevado as previsões para os resultados do total do ano, com os valores a surpreenderem positivamente os investidores.

 

A contribuir para a subida das ações da retalhista beneficiaram ainda dos dados das vendas a retalho nos EUA, com os consumidores a aumentarem os seus gastos.


"O fortalecimento do consumo tem muito a ver com a baixa taxa de desempenho e os juros historicamente baixos", salientou à Reuters Matthew Keator, gestor na Keator Group. "O dinheiro está barato e as pessoas têm trabalho", acrescentou.

 

Por outro lado, a travar o entusiasmo dos investidores estiveram os dados da indústria, que revelaram uma deterioração maior do que o esperado, o número de pedidos de subsídio de desemprego, que superaram as previsões dos analistas, e a guerra comercial, que continua a deixar os investidores impacientes com a falta de noção do desfecho desta questão.


"[A China tem] um longo historial de olhar para as coisas em termos de décadas, não por ciclos eleitorais", afirmou Matthew Keator. "Não me surpreendia se a China jogasse um jogo longo."

 

Este contexto afetou as ações da Cisco, que deslizaram mais de 8,5% para 46,25 dólares, depois de ter reportado uma queda de 25% das vendas na China, o que fez com que os valores das receitas totais e as previsões para o resto do ano ficassem aquém do esperado.

 

Destaque ainda para as ações da General Electric, que afundaram mais de 11%, naquela que foi a queda mais pronunciada dos últimos 11 anos, depois de ter sido noticiado que foi acusada de ter escondido 38,1 mil milhões de dólares de potenciais prejuízos. O denunciante, Harry Markopolos acusa a empresa de ter estar a esconder perdas e defende que a situação financeira da empresa é substancialmente pior do que o revelado.

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