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Wall Street inverte sentimento e recua pressionada pela quebra nos salários e cotação do petróleo

Depois de um início de sessão a negociar em terreno positivo, as principais praças norte-americanas seguem agora no vermelho penalizadas pela divulgação de dados que mostram a quebra dos salários em Dezembro. A nova queda acentuada do preço do petróleo e a desconfiança dos investidores sobre a eficácia do programa de compra de dívida pública do BCE também está a pressionar Wall Street.

Bloomberg
09 de Janeiro de 2015 às 17:46
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Após duas sessões em alta e já depois de o início de sessão, esta sexta-feira, tambéma ganhar terreno, as principais praças norte-americanas seguem agora a acumular perdas.

 

O Standard & Poor’s 500 está a recuar 0,92% para 2.043,23 pontos, acompanhado pelo Dow Jones que está a ceder 0,88% para 17.749,57 pontos e pelo tecnológico Nasdaq a deslizar 0,73% para 4.701,652 pontos.

 

Apesar de um início de dia a negociar em terreno positivo, estimulado pelo aumento da criação de emprego acima das estimativas, acompanhado pela descida da taxa de desemprego para 5,6%, naquele que é o nível mais baixo desde Junho de 2008, as principais praças dos Estados Unidos estão a ser pressionadas pela quebra dos salários em Dezembro.

 

Segundo dados divulgados também hoje divulgados pelo Departamento do trabalho norte-americano, o salário médio por hora de trabalho nos Estados Unidos caiu 0,2% em Dezembro face aos 24,57 dólares registados em Novembro.

 

Ainda a prejudicar o comportamento dos mercados bolsistas norte-americanos está a negociação do sector energético, penalizado pelo novo acentuar da desvalorização do preço do petróleo.

 

Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) está a ceder 2,52% para 47,56 dólares por barril enquanto em Londres, o Brent do Mar do Norte, utilizado como referência para as importações nacionais, está a recuar 3,26% para 49,30 dólares.

 

Os elevados níveis de produção que levaram à saturação da oferta petrolífera nos mercados internacionais tem levado a uma pressão constante sobre o preço do barril de crude, que ao longo de 2014 desvalorizou cerca de 50%.

 

Ainda esta quinta-feira a agência Reuters noticiava que a Arábia Saudita não está disposta a ceder relativamente à decisão, tomada no seio da organização dos países exportadores de petróleo (OPEP), de manutenção dos actuais níveis de exploração do ouro negro.

 

Por fim, também a contribuir para um sentimento de maior desconfiança que se fez sentir esta sexta-feira nas principais praças europeias, está o elevar da especulação, por parte dos investidores, de que o montante que o Banco Central Europeu (BCE) poderá canalizar para a compra de títulos da dívida soberana dos Estados-membros da Zona Euro, não será suficiente para estimular o crescimento das economias do euro nem os níveis de inflação no bloco da moeda única. 

 

A informação veiculada esta sexta-feira pela agência Bloomberg dá conta que a autoridade liderada pelo italiano Mario Draghi estará a preparar um montante de 500 mil milhões de euros destinados à compra de obrigações soberanas classificadas como "investimento de qualidade".

 

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