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Wall Street sobe à espera da inflação. Lição de História pode acelerar S&P 500

As sondagens revelam que o sentimento se inclina para uma expectativa em torno de um abrandamento da evolução da inflação em junho. Se a lição da História se mantiver, tal pode significar a continuação da trajetória ascendente do "benchmark" mundial.

O presidente da Reserva Federal Jerome Powell admite nova intensificação do ritmo de subida dos juros.
Kevin Lamarque/Reuters
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Wall Street encerrou o dia em alta, motivada pelo otimismo dos investidores que esperam que os números da inflação, divulgados esta quarta-feira, apresentem um abrandamento da evolução dos preços nos EUA.

O industrial Dow Jones valorizou 0,93% para 34.261,42 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) somou 0,67%  para 4.439,26 pontos.

No "benchmark" mundial, o setor da energia comandou os ganhos, numa altura em que o West Texas Intermediate (WTI) superou a média móvel a 100 dias, um indicador que tem em conta a média da cotação, calculado a partir de uma centena de cotações de fecho.

Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite arrecadou 0,55% para 13.760,70 pontos. 

Esta quarta-feira, são conhecidos os números da inflação nos EUA em junho, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC), cuja variação recuou de 4,9% em abril para 4% em maio, o nível mais baixo desde março de 2021.

Uma sondagem levada a cabo pela 22V Research mostra que 65% dos inquiridos acredita que a inflação "core" – que exclui os preços da energia e dos alimentos – ficará abaixo do consenso dos economistas.

Já uma sondagem realizada pela Bloomberg junto de uma amostra de "forecasters", técnicos especializados em previsões e estimativas, aponta para que a inflação subjacente tenha abrandado para 5%.

A inflação subjacente cresceu 5,3% em termos homólogos em maio, em linha com o esperado pelos analistas, que mantinham a expectativa de um agravamento da inflação "core".

 

Se a lição da História se mantiver, caso a inflação continue a cair, o S&P 500 continuará a subir. Desde 1950, que depois de a inflação ter tocado no seu pico, o "benchmark" tem registado ganhos de dois dígitos, segundo os dados compilados pelo Leuthold Group. Desde o pico da inflação alcançado o ano passado, o S&P 500 já valorizou mais de 15%.

 

Estes números são determinantes para Reserva Federal (Fed) norte-americana decidir o futuro da sua política monetária, tendo já o seu líder Jerome Powell e as atas da última reunião do banco central sinalizado mais subidas dos juros diretores este ano.

 

No mercado de "swaps", os investidores aponta para uma probabilidade de 92,5% de subida da taxa dos fundos federais em meados deste mês, depois de na última reunião a Fed ter deliberado, pela primeira vez desde o início do ciclo de aperto monetário, fazer uma pausa na subida dos juros diretores, que estão neste momento fixados entre 5% e 5,25%.

 

Depois de serem divulgados os dados da inflação, as atenções dos investidores vão virar-se para a época de resultados trimestrais com destaque para as contas do JP Morgan Chase, Wells Frago e Citigroup, que serão conhecidas esta sexta-feira.

Os investidores estiveram atentos às ações da Microsoft, as quais subiram 0,19%, depois de um tribunal federal de São Francisco ter negado à Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês) uma moção que impediria a Microsoft de terminar a compra da Activision.

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