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Wall Street resistiu à covid mas guerra dá trimestre negativo

As bolsas norte-americanas encerraram no vermelho no último dia de março. E este foi o primeiro trimestre, desde março de 2020, com saldo negativo.

As pressões inflacionistas estão a provocar um agravamento dos juros das obrigações a nível global e a arrastar as ações.
31 de Março de 2022 às 21:41
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Os principais índices de Wall Street terminaram em baixa e fecharam o trimestre com saldo negativo – o que não acontecia desde março de 2020, ou seja, desde os inícios da pandemia de covid-19 nos EUA e na Europa.

 

Recorde-se que a covid trouxe consigo, nesses primeiros três meses de 2020, um bear market (que acabou por ser superado a partir do segundo trimestre). A 11 de março de 2020, o Dow Jones entrou em mercado urso pela primeira vez em 11 anos, caindo de máximos históricos (tinha-se aproximado dos 30.000 pontos algumas semanas antes) para menos de 19.000 pontos uns dias depois. O S&P 500 e o Nasdaq rapidamente seguiram as mesmas pisadas.

 

No caso do S&P 500, tratou-se da entrada em mercado urso mais rápida da história, já que caiu 30% (face ao seu recorde) em apenas 22 sessões (desde finais de fevereiro até 23 de março).

 

Ao longo do resto do ano de 2020 e em 2021, os mercados bolsistas acabaram por recuperar com o otimismo em torno das vacinas e com a recuperação económica global, mas estes primeiros meses de 2022 trouxeram de novo consigo a companhia dos ursos em Wall Street.

 

Na sessão de hoje, o índice industrial Dow Jones fechou a ceder 1,56% para 34.678,35 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recuou 1,54% para 14.220,52 pontos.

 

Já o Standard & Poor’s 500 encerrou a perder 1,57% para 4.530,41 pontos. No conjunto dos três meses, o S&P 500 perdeu 3,8%, a maior queda dos últimos dois anos.

 

Este foi um trimestre que trouxe duas ameaças que mexeram fortemente com o sentimento dos investidores: o endurecimento das medidas dos bancos centrais para conter a inflação (que, no caso da Fed, passou já por uma subida dos juros este mês – pela primeira vez em mais de três anos) e a guerra na Ucrânia.

 

A incerteza trouxe uma maior volatilidade às bolsas, o que acabou por resultar no primeiro trimestre no vermelho em dois anos.

 

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