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Wall Street recua antes da Fed. Dow Jones com pior série de perdas desde 1978
Os principais índices do lado de lá do Atlântico terminaram a sessão em terreno negativo, um dia antes de mais uma decisão da Reserva Federal quanto à política monetária. Os investidores esperam uma descida de 25 pontos base, mas há receios de que os cortes possam ficar por aqui.
A confiança dos investidores de que a Reserva Federal vai cortar os juros em 25 pontos base não foi suficiente para deixar as bolsas norte-americanas à tona esta terça-feira. Wall Street terminou a sessão no vermelho, pressionada pelo que se perspetiva para a política monetária em 2025 sob a presidência de Donald Trump e a ameaça de um aumento significativo nas tarifas alfandegárias.
O mercado acredita que o banco central vai preparar os investidores para uma pausa nos cortes dos juros diretores no início do próximo ano, explicou à Bloomberg Ian Lyngen, da BMO Capital Markets.
O Bank of America acredita que a Reserva Federal baixe as taxas de juro para os 3,75% - ou seja, o banco teria de cortar os juros mais três vezes em relação ao nível atual. Mas, "é preciso ter mais cuidado porque a economia está mais forte do que o que pensávamos há três ou seis meses. Ainda assim, existem potenciais fragilidades", disse o CEO, que pôs em cima da mesa outro problema: "as guerras".
O mercado parece já ter incorporado um corte de juros previstos para amanhã e espera agora pistas para o que se segue em 2025.
O Dow Jones fechou a nona sessão consecutiva com perdas e atingiu mesmo a maior sequência de quedas desde 1978. Esta terça-feira, o índice industrial perdeu 0,6% para 43.449,90 pontos. Já o S&P 500 recuou 0,39% para os 6.050,61 pontos, enquanto o Nasdaq Composite caiu 0,32% para 20.109,06 pontos, depois de ontem ter atingido o valor de fecho mais elevado de sempre, nos 20.173,89 pontos.
Entre os princiais movimentos de mercado, a Tesla avançou 3,6% depois de a casa de investimento Mizuho ter revisto em alta o preço-alvo das ações de 285 dólares para 515 dólares.
Na indústria farmacêutica, a Pfizer previu lucros para 2025 que ficaram em linha com a expectativa de Wall Street, o que fez a empresa subir 4,6%.
Já o título de "vencedor" do dia vai para a Quantum Computing, cujas ações subiram mais de 51% depois de a empresa ter fechado um acordo com a NASA para a instalação de uma ferramenta de quântica para aprimorar as capacidades de processamento de imagens e dados da agência espacial.