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Wall Street no vermelho com Google a liderar perdas das tecnológicas

As principais praças dos Estados Unidos abriram em queda num início de sessão marcado pela queda das acções da Google na sequência da multa recorde aplicada pela UE à tecnológica americana.

Se a primeira reacção das bolsas à vitória eleitoral de Donald Trump foi de pânico, rapidamente esse sentimento deu lugar à euforia, com os investidores a fazerem contas aos ganhos que a política económica de Donald Trump pode proporcionar. Descida de impostos para as empresas e um forte investimento em infra-estruturas são duas das cenouras que atraem os investidores, mesmo havendo alguma incerteza sobre a capacidade de pôr em prática os ambiciosos planos do Presidente. Desde a tomada de posse, as acções americanas sobem 4%, renovando sucessivos recordes. O que também está a subir são as taxas de juro das obrigações, um movimento que provocou uma reavaliação global dos juros da dívida.
reuters
27 de Junho de 2017 às 14:33
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Depois de uma sessão com sentimento misto, Wall Street começou esta terça-feira, 27 de Junho, a negociar em terreno negativo, num início de sessão marcado pela desvalorização das acções da Alphabet, a dona do Google, após ter sido alvo de uma multa recorde por parte da União Europeia por abuso de posição dominante.

 

Assim, o índice Standard & Poor’s 500 abriu a perder 0,14% para 2.435,60 pontos, seguido pelo tecnológico Nasdaq Composite a recuar 0,35% para 6.225,586 pontos, e pelo industrial Dow Jones a deslizar 0,04% para 21.402,03 pontos.

 

A Comissão Europeia anunciou esta manhã a decisão de aplicar uma multa de 2,42 mil milhões de euros à Alphabet por "abuso de posição dominante enquanto motor de busca", considerando que a tecnológica atribuiu uma "vantagem ilegal a si própria no serviço de comparação de compras".

 

A multa aplicada por Bruxelas é mais do dobro do valor que vinha sendo apontado como provável pela imprensa, que era de 1,1 mil milhões de euros. Depois de na pré-abertura de Wall Street as acções da Google já estarem a perder cerca de 2%, os títulos da Alphabet começaram a transaccionar com uma quebra de 0,82% para 964,10 dólares. O Facebook segue a tendência ao deslizar 0,58% para 152,70 dólares.

A Reuters escreve que o sector tecnológico americano tem estado sob pressão, com os investidores especialmente apreensivos relativamente à grande valorização das acções tecnológicas – o índice tecnológico disparou 19% desde o início deste ano -, o que tem levado a um redireccionar de atenção para sectores considerados mais seguros, tais como o sector dos serviços.

 

Os investidores permanecem também na expectativa por pistas em relação às consideradas prováveis novas subidas dos juros pela Reserva Federal dos Estados Unidos. Esta terça-feira, a presidente da Fed, Janet Yelen, fará uma intervenção, em Londres, no âmbito de uma conferência sobre questões económicas globais.

 

Vários membros da Fed têm sinalizado que estão atentos ao abrandamento da inflação, embora mantenham, para já, a intenção de ainda em 2017 prosseguir o percurso de uma subida gradual dos juros. Nesta altura, os investidores citados pela Reuters atribuem uma probabilidade de apenas 40% a um novo aumento dos juros a decretar na reunião da Fed agendada para Dezembro. 

A T-Mobile está a perder, após a Reuters ter noticiado que a Sprint colocou em banho-maria as conversações em curso para a fusão das duas empresas. Na abertura da sessão as duas cotadas registaram sentimentos opostos, com a primeira a recuar 2,57% para 61,529 dólares e a segunda a ganhar 1,62% para 8,14 dólares.


Também a General Motors está a resvalar 0,96% para 34,19 dólares, depois de a construtora de automóveis ter revisto em baixa as estimativas para as vendas em 2017, uma tendência acompanhada pela Fiat Crhysler que começou o dia a resvalar 1,20% para 10,73 dólares. 


(Notícia actualizada às 14:51)

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