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Wall Street no vermelho à espera de novos dados económicos
Depois de ter terminado a última semana em novos máximos, as principais praças dos Estados Unidos começaram o dia a negociar em queda, numa altura em que os investidores estão atentos à divulgação de novos dados económicos para tentarem antecipar se a Fed vai, ou não, aumentar os juros.
Depois de na sexta-feira terem sido registados novos máximos de sempre e novos recordes de fecho de sessão, Wall Street iniciou a sessão bolsista desta segunda-feira, 5 de Junho, a negociar em terreno negativo, com o Dow Jones a ceder 0,06% para 21.193,51 pontos, o Nasdaq Composite a deslizar 0,04% para 6.303,211 pontos e o Standard & Poor's 500 a cair 0,13% para 2.436,01 pontos.
Neste momento os investidores norte-americanos aguardam pela divulgação de novos dados económicos, até para aferir se a variação aquém do estimado do mercado laboral é um elemento conjuntural. Isto depois de na sexta-feira ter sido reportado que em Maio foram criados 138 mil novos postos de trabalho não agrícola, um valor abaixo dos 185 estimados pelos economistas.
Porém, o abrandamento da economia americana no primeiro trimestre – que, ainda assim, foi revisto em alta – tem contribuído para reforçar as dúvidas sobre o real grau de recuperação da maior economia mundial.
Esta segunda-feira, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos vai divulgar os números mais recentes sobre as encomendas à indústria que, segundo as estimativas dos analistas consultados pela Reuters, terão recuado 0,2% em Abril. Já o índice PMI terá caído de 57,5 pontos, em Abril, para 57 pontos no mês passado.
Os investidores tentam avaliar dados adicionais que permitam antecipar se a Reserva Federal vai decretar um novo aumento dos juros no encontro agendado para os próximos dias 13 e 14 de Junho. Segundo dados da Reuters com base na opinião de operadores bolsistas, a probabilidade de a Fed elevar os custos de dinheiro fixa-se em 90,7%.
A expectativa dos investidores em relação à evolução económica está a desviar atenções em relação ao ataque terrorista que aconteceu em Londres, no sábado, e que contribuiu para reforçar a incerteza em torno das eleições legislativas britânicas agendadas para a próxima quinta-feira.
Por fim, também a marcar a sessão bolsista neste início de semana está o corte de relações diplomáticas decretado por um conjunto de países muçulmanos em relação ao Qatar, o que ameaça colocar em causa as políticas concertadas ao nível da OPEP e desestabilizar ainda mais a região do Médio Oriente.
Em relação à negociação bolsista propriamente dita, destaque pela negative para a Apple que está a perder 0,97% para 153,94 dólares, depois de a tecnológica ter visto cortado o seu rating.
Nota ainda para a Herbalife que recua 4,38% para 70,68 dólares, já depois de a empresa ter diminuído as perspectivas para as vendas neste segundo trimestre.
(Notícia actualizada às 14:49)