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Wall Street: Here we go again
As bolsas norte-americanas não param de bater recordes. Depois do encerramento de ontem, devido à comemoração do feriado do Dia do Presidente, os investidores regressaram em força a Wall Street.
O índice industrial Dow Jones encerrou a sessão desta terça-feira – a primeira da semana devido ao feriado de ontem – a somar 0,58% para 20.743,00 pontos, o que constituiu um novo recorde de fecho.
Tratou-se da sua 8ª sessão consecutiva de subidas – sete das quais a marcar máximos históricos. Hoje, na negociação intradiária tocou num patamar nunca antes atingido, o dos 20.758,64 pontos. E ainda não fez um mês que desencadeou a euforia nos mercados, quando (a 25 de Janeiro) alcançou – e superou – a fasquia mítica dos 20.000 pontos.
Também o Standard & Poor’s 500 fixou um máximo de sempre no fecho, nos 2.365,38 pontos, a ganhar 0,60%. E marcou também um recorde durante a sessão, ao tocar nos 2.366,71pontos, naquela que foi a sua 9ª sessão seguida em terreno positivo.
O tecnológico Nasdaq Composite estabeleceu igualmente um recorde no fecho (ao avançar 0,47% para 5.865,94 pontos), e na negociação intradiária alcançou um novo máximo histórico: os 5.867,89 pontos.
Por seu lado, o Russell 2000, índice que agrega as principais "small caps" [empresas com baixas capitalizações bolsistas] fechou a valorizar 0,75% para 1.410,34 pontos, fixando assim um novo recorde de fecho. Durante a sessão chegou aos 1.410,40 pontos, estabelecendo assim um novo máximo histórico.
A sustentar o movimento altista de hoje estiveram sobretudo as retalhistas, depois de a Home Depot e a Wal-Mart Stores terem apresentado resultados acima das expectativas.
O cenário de solidez dos lucros e receitas de grande parte das cotadas norte-americanas – que estão a marcar a melhor época de divulgação de contas desde 2014 – reforça a convicção dos investidores de que o prometido "plano fenomenal" da Administração Trump para a fiscalidade das empresas irá impulsionar ainda mais uma economia que está já de boa saúde.
Em destaque do lado positivo estiveram também os títulos do sector imobiliário e das "utilities" (água, luz e gás).
Os investidores aguardam agora pela divulgação das minutas da Fed, amanhã pelas 19:00 de Lisboa. Janet Yellen disse a 18 de Janeiro que a economia norte-americana está "próxima" de atingir as metas do banco central do país no que diz respeito à inflação e ao emprego, tendo-se mostrado confiante de que continuará a melhorar.
A presidente da Reserva Federal afirmou que "faz sentido ir reduzindo gradualmente o nível de apoio em matéria de política monetária" e acrescentou que o timing para a próxima subida das taxas de juro directoras "dependerá da forma como a economia evoluir nos próximos meses". Yellen assinalou assim que a Fed se mantém pronta para subir juros se a economia continuar a fortalecer, tal como o banco central antecipa.
Entretanto, na semana passada, Yellen disse no Senado que há riscos em esperar muito tempo para aumentar os juros. A presidente da Fed não deu qualquer indicação sobre a altura em que os juros voltarão a subir, sendo que os investidores vêem como cada vez mais provável que tal possa acontecer já na reunião de 14 e 15 de Março.
(notícia actualizada às 22:25)