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Wall Street fecha no verde em dia de "caça" às pistas da Fed

O mercado teve sobre a mesa dois sinais distintos sobre o caminho possível a ser levado a cabo pela Fed no futuro, em termos de política monetária: o índice de preços no produtor - que voltou a subir em agosto- e as atas da Fed que mostram disponibilidade para "ajustamentos" nas próximas subidas da taxa de referência.

Reuters
12 de Outubro de 2022 às 21:16
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Wall Street terminou a sessão da mesma forma que começou: em terreno positivo, num dia marcado pela publicação de um indicador de "alta frequência" e pela divulgação das atas referentes à última reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).

 

O mercado teve sobre a mesa dois sinais distintos sobre o caminho possível a ser levado acabo pela Fed no futuro, em termos de política monetária e na dúvida interromperam o ciclo de cinco dias de perdas do  S&P 500 e do tecnológico Nasdaq Composite.

O S&P 500 ganhou 0,33%% para 3.577,03 pontos, enquanto o Nasdaq terminou na linha d' água, mais inclinado para terreno positivo (0,09%) para 10.417,10 pontos. Já o industrial Dow Jones subiu 0,10% para 29.210,85 pontos. 

 

Entre os principais movimentos de mercado, as ações da Moderna subiram 8,28%, depois de terem chegado a escalar mais de 12%, renovando máximos de dois meses com a notícia de uma parceria com a Merck para desenvolver uma vacina contra o cancro. A Merck vai pagar 250 milhões de dólares à farmacêutica em troca de no futuro desenvolverem e comercializarem em conjunto a vacina, que já se encontra numa fase intermédia de testes.

 

Destaque ainda para os títulos da PepsiCo, os quais somaram 4,18%, após a empresa reportar receitas acima do esperado pelos analistas para o terceiro trimestre. Além disso a empresa elevou as projeções de subida no lucro por ação para este ano de 8% para 10%. Já a receita deve crescer 12%, acima dos 10% estimados anteriormente.

 

Os investidores digeriram, por um lado, os números do índice de preços no produtor nos EUA em agosto, que subiram 0,4% face a julho, o primeiro aumento em três meses, e 8,5% em termos homólogos. Os dados dão assim fundamento para que o banco central liderado por Jerome Powell mantenha a sua trajetória "hawkish".

 

Por outro lado, a sessão foi marcada pelos sinais dados pelas atas da última reunião de política monetária do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) que decorreu nos dias 21 e 22 de setembro. Segundo o documento, a autoridade liderada por Jerome Powell (na foto) continua empenhada em subir a taxa dos fundos federais até um nível "suficientemente restritivo", mantendo-o por algum tempo, de forma a fazer frente à inflação, no entanto, está disponível para "ajustamentos" da política monetária.

 

"Vários participantes observam que, face ao atual cenário global altamente incerto a nível económico e financeiro, seria importante ajustar o ritmo de mais restrição da política monetária, de forma a a mitigar o risco de efeitos adversos significativos no ‘outlook’ económico", notam as atas da Fed.

 

No chamado "dot plot" – as projeções da Fed – o banco central previu  que a taxa de fundos federais suba para 4,4% até ao final do ano, chegando a 4,6% em 2023. Segundo estas projeções a taxa de fundos federais só deve aliviar a partir de 2024, quando cair para 3,9%. Já em 2025 deve descer para 2,9%.

 

Atualmente a taxa de juro diretora está fixada num intervalo entre 3% e 3,25%, como não era visto desde 2008.

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