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Wall Street arrecada ganhos de mais de 2%. Delta voa mais de 4%

O facto da inflação nos EUA não ter recuado tanto como era esperado pelos economistas não foi suficiente para segurar Wall Street no vermelho. A especulação sobre a possibilidade do "sell-off" já ter batido no fundo alimentou o sentimento de esperança durante a negociação.

Wall Street vive um “bull market” desde março de 2020, tendo já ultrapassado as valorizações conseguidas no “bull market” entre 2002 e 2007.
Brendan McDermid/Reuters
13 de Outubro de 2022 às 21:28
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Wall Street inverteu a tendência do arranque da sessão e terminou o dia em terreno positivo, com os três índices a registarem ganhos superiores a 2%. A sessão foi marcada pela divulgação dos números inflação em setembro, que recuaram, mas não tanto quanto o esperado. A negociação foi dominada pela especulação de que o movimento de "sell-off" possivelmente já bateu no fundo.

 

O industrial Dow Jones ganhou 2,83% para 30.038,06 pontos, enquanto o S&P 500 somou 2,60% para 3.669,86 pontos. Já o tecnológico Nasdaq cresceu 2,23% para 10.649,15 pontos.

 

Entre os principais movimentos de mercado, destacam-se os títulos da Delta Air Lines que subiram mais de 4%, depois de a companhia aérea norte-americana ter anunciado, esta quinta-feira, que obteve um lucro de 695 milhões de dólares (cerca de 713 milhões de euros) no terceiro trimestre, apesar da subida do preço dos combustíveis.

 

A inflação de setembro nos Estados Unidos (EUA) fixou-se nos 8,2%, divulgou esta quinta-feira o departamento do Trabalho norte-americano. É o terceiro recuo consecutivo, depois do índice ter chegado aos 9,1% em junho, um valor máximo em 40 anos. Em julho, a inflação caiu para 8,5% e em agosto para 8,3%.

 

Ainda assim, o valor ficou acima das estimativas dos analistas, que antecipavam um valor de 8,1%. Assim fica aberto o caminho para uma política monetária restritiva por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed).

 

"Pode estar a decorrer algum movimento de cobertura de posições curtas, mas também já muito foi incorporado nos preços das ações", comentou Michael Contopoulus, diretor do departamento de rendimentos fixos da Richard Bernstein Advisors. "Possivelmente tem havido uma quantidade razoável de posições defensivas nas ações", acrescentou.

 

Desde o início do ano, que os ativos de risco têm estado sob pressão, à medida que a política monetária de restritiva dos bancos centrais ganha força em todo o mundo.

Já nas atas da última reunião da autoridade monetária, o banco central manifestou a intenção de continuar empenhada em subir a taxa dos fundos federais até um nível "suficientemente restritivo", mantendo-o por algum tempo, de forma a fazer frente à inflação, ainda que esteja disponível para "ajustamentos".

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