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Wall Street encerra mista. S&P 500 e Nasdaq somam quinto dia de perdas
O ultimato de Andrew Bailey, que frisou que os dois programas de compra de dívida que estão a decorrer terminam mesmo sábado, a par do aviso do FMI sobre a estabilidade dos mercados, conjugado com o tom "falcão" da presidente da Fed de Cleveland deitaram ao chão pela quinta sessão dois dos principais índices de Wall Street.
Wall Street encerrou a sessão de forma mista, pressionada pelas declarações do governador do Banco de Inglaterra (BoE) Andrew Bailey, pelas considerações inscritas no mais recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelas palavras de um membro "falcão" da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O S&P 500 e o Nasdaq Composite fecharam a quinta sessão consecutiva de perdas. O Standard & Poor's 500 cedeu 0,65% para 3.588,74 pontos, enquanto o índice tecnológico recuou 1,10% para 10.426,19 pontos. Já o industrial Dow Jones interrompeu um ciclo de quatro dias de perdas e somou 0,12% para 29.239,32 pontos.
Andrew Bailey deixou claro, durante uma conferência em Washington, que as duas operações de compra de dívida que estão a ser levadas a cabo pela autoridade monetária britânica terminam mesmo no sábado.
"A minha mensagem para os fundos e sociedades envolvidos é que têm mais três dias [para vender os ativos detidos]", alertou o líder do BoE.
Por sua vez, os investidores estiveram a digerir as palavras de Loretta Mester, presidente da Fed em Cleveland. "Dado o nível atual, a amplitude e a persistência da inflação, acredito que a política monetária terá ser mais restritiva para reduzir a inflação aos 2%", afirmou Mester durante um discurso proferido esta terça-feira em Nova Iorque.
Os mercados estiveram ainda a acompanhar os avisos dados pelo FMI. No Relatório de Estabilidade Financeira Global divulgado esta terça-feira, o organismo alerta para o risco de um aperto "desordenado" nas condições financeiras que acentue o problema.
"Os riscos de estabilidade financeira global aumentaram desde o Relatório de Estabilidade Financeira Global de abril de 2022 e o equilíbrio de riscos está inclinado no sentido negativo. Face à inflação mais elevada em décadas e à incerteza extraordinária sobre as perspetivas, os mercados têm sido extremamente voláteis", refere o relatório.