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Wall Street fecha com pesadas perdas. Selloff das tecnológicas prossegue
S&P 500 regista pior queda diária em quase dois anos. Tecnológicas continuam a ser as mais penalizadas, com Nasdaq a ter pior arranque de mês desde 2008
Os índices de Wall Street registaram perdas pesadas esta segunda-feira, numa sessão de quedas generalizadas a nível global, com os investidores a manifestarem o seu receio sobre a robustez da economia norte-americana.
O S&P 500 desceu 3% para 5.186,33 pontos, na maior queda diária desde setembro de 2022, enquanto o Dow Jones Industrial Average perdeu 2,6% para 38.703,27 pontos.
As tecnológicas sofreram as principais quedas, com o índice Nasdaq Composite a afundar 3,43% para 16.200,08 pontos e a registar o pior arranque de mês desde 2008.
O índice VIX, conhecido como o "índice do medo" de Wall Street, que mede a volatilidade esperada do mercado, registou a maior subida percentual intradiária desde 1990, para depois abrandar.
Ainda assim, as quedas das ações norte-americanas não foram tão acentuadas como se temia, com as perdas de Wall Street a abrandarem após uma leitura do índices de gestores de compras (PMI) dos serviços melhor que o esperado.
Na sexta-feira, as indicações dadas pelo relatório do emprego norte-americano, em que os postos de trabalho criados ficaram a cerca de metade da média dos 12 meses anteriores e em que a taxa de desemprego subiu para um máximo de quase três anos, causaram ondas de choque nos mercados globais.
Os investidores receiam que a Reserva Federal possa não atingir a chamada "aterragem suave": que é colocar a inflação sob controlo na meta de 2% sem causar uma recessão. Os principais bancos de investimento já preveem que a Fed terá de acelerar o ritmo dos cortes das taxas de juro até final do ano para reanimar a economia.
Na atualidade empresarial, a Alphabet, dona da Google, desceu 4,46% para 159,23 dólares, depois de ter perdido um processo concorrencial nos EUA devido aos pagamentos para colocar o seu motor de busca como preferencial nos smartphones.