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Wall Street encerra no vermelho com investidores a reconsiderarem cortes dos juros

As bolsas norte-americanas remataram a primeira sessão da semana com perdas, numa altura em que os investidores ponderam se terão ido longe demais nas perspetivas para os cortes de juros este ano.

No final do mês há nova reunião da Fed e espera-se que, depois de uma pausa em junho, o banco central retome o ciclo de subida dos juros diretores.
Brendan McDermid/Reuters
16 de Janeiro de 2024 às 21:20
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As bolsas norte-americanas encerraram em terreno negativo, num dia em que os investidores estão a reajustar as expectativas quanto a um corte dos juros por parte da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos. O entusiasmo quanto a uma descida já em março deu força às ações no final de 2023, mas os investidores começam agora a ponderar sobre se terão ido longe demais. 

Esta terça-feira, Christopher Waller, governador da Fed, disse que o banco central deve manter uma abordagem cautelosa e sistemática quando começar a descer os juros. Apesar de não ter um discurso "hawkish", as suas palavras também não se mostraram a favor de uma descida tão acentuada quanto o mercado tinha incorporado - cerca de seis cortes este ano.

O S&P 500, referência para a região, cedeu 0,39% para 4.765,39 pontos, o industrial Dow Jones desvalorizou 0,62% para 37.361,12 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,19% para 14.944,35 pontos.

Entre as principais movimentações, o Morgan Stanley cedeu 4,16% no dia em que apresentou resultados e alertou que a queda das margens na unidade de gestão de fortunas deverá continuar.

Já a Boeing afundou caiu 7,89%, no dia em que viu a Wells Fargo descer a recomendação de "overweight" para "equalweight".

Também a Apple fechou a negociação com perdas, tendo deslizado 1,23% no dia em que o Supremo Tribunal recusou dar seguimento ao seu recurso num processo ligado à "App Store".

"Com a informação de hoje, consideramos que a Fed tenciona baixar os juros três vezes este ano - só reduzirá mais se a situação económica se deteriorar e a taxas de desemprego subir para os 4,5- 5%", afirmou Peter Boockvar, autor do Boock Report, em declarações à Bloomberg.
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