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Wall Street empurrada para o vermelho pela Apple e tabaqueiras

As principais praças dos Estados Unidos começaram a semana a transaccionar em queda, sobretudo pressionadas pelas perdas registadas no sector do tabaco e também pela Apple.

Os mercados mundiais estão cada vez mais repletos de prodígios e situações extraordinárias e a forte diminuição da volatilidade observada em todas as classes de activos em 2017 não foi excepção. Os mínimos históricos dos índices de volatilidade VIX e MOVE são conjugados com máximos de sempre nas bolsas e no imobiliário. Resultado: um barril de pólvora que poderá levar o índice norte-americano S&P 500 a afundar 25% – e num rápido movimento, como um “flash crash” (queda repentina). Todo um conjunto de fundos de curta volatilidade será completamente varrido do mapa, surgindo uma nova figura: o outrora desconhecido operador de volatilidade de longo prazo, a obter retornos de 1.000% e a tornar-se rapidamente uma lenda.
reuters
12 de Novembro de 2018 às 14:39
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O índice Dow Jones abriu a sessão desta segunda-feira, 12 de Novembro, a perder 0,77% para 25.989,30 pontos, seguido pelo Nasdaq Composite a recuar 0,55% para 7.366,24 pontos e pelo Standard & Poor's 500 a resvalar 0,22% para 2.774,89 pontos. Após semanas de grande volatilidade nas bolsas mundiais, as quedas registadas pelas principais praças europeias e asiáticas contribuem negativamente neste início de sessão em Wall Street.

A determinar o sentimento negativo estão as principais tabaqueiras norte-americanas e a Apple. As maiores fabricantes de tabaco recuam depois de ter sido noticiado que regulador da saúde nos Estados Unidos contempla a possibilidade de proibir a venda de cigarros de mentol. Em função desta possibilidade, a Philip Morris perde 1,34% para 87,98 dólares e a Altria Group desvaloriza 2,51% para 61,86 dólares.

 

Já a Apple resvala 3,92% para 196,46 dólares depois de dois dos seus fornecedores de componentes terem cortado as perspectivas para os respectivos resultados, o que indicia menor volume de vendas nos iPhone. 


Outro factor mais relevante neste início de semana prende-se com a valorização do preço do petróleo nos mercados internacionais. Isto acontece depois de a organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) ter confirmado que pretende aplicar cortes à produção petrolífera em 2019 e de, entretanto, a Arábia Saudita, que é o maior exportador mundial da matéria-prima, ter anunciado que, em Dezembro, vai reduzir o transporte de crude para o exterior. 

Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) sobe 0,93% para 60,75 dólares, enquanto na capital inglesa, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, segue a subir 1,01% para 70,89 dólares. Estas subidas estão a impulsionar as cotadas do sector energético norte-americano, com a Exxon Mobil (+0,68% para 81,42 dólares) e a Chevron (+1% para 120,70 dólares) em destaque. 

Também a apoiar a confiança dos investidores norte-americanos está a subida do dólar para valores próximos de máximos de 17 meses face a um cabaz das principais moedas mundiais. Os investidores apostam no dólar perante as dúvidas em torno da proposta orçamental italiana e respectivas consequências para as obrigações soberanas na área do euro bem como acerca do processo relativo ao Brexit. 

(notícia actualizada às 14:45)
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