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Wall Street em máximos após dados económicos positivos

  Os dados da balança comercial e dos pedidos de subsídio de desemprego foram positivos, alimentando a tendência de alta em Wall Street.

Reuters
05 de Outubro de 2017 às 14:52
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As bolsas norte-americanas negoceiam em alta na sessão de quinta-feira, com os índices atingirem recordes ou perto disso, depois de terem sido divulgados dados económicos que confirmam o momento positivo da maior economia do mundo.

 

Depois de ontem ter fechado máximos, o Dow Jones avança 0,07% para 22.676,92 pontos. O Nasdaq ganha 0,39% para 6.559,9 pontos, tendo atingido um novo recorde. O S&P500 ganha 0,2%.

Ainda antes da abertura da sessão, o Departamento do Comércio anunciou que o défice comercial desceu 2,7% para 42,4 mil milhões de dólares. Foi também revelado que os novos pedidos de subsídio de desemprego baixaram em 12 mil para 260 mil.

 

Dados económicos que dão sinais positivos sobre a economia norte-americana, numa altura em que cresce a expectativa sobre a evolução do desemprego em Setembro. Os dados serão revelados amanhã pelo Departamento do Trabalho e poderão fornecer mais pistas sobre se a Reserva Federal irá agravar os juros em Dezembro.

Quem vai liderar a Fed?

 

A escolha do próximo presidente da Reserva Federal também tem centrado atenções em Wall Street, depois de Trump ter anunciado na passada sexta-feira que "dentro de duas a três semanas" diria quem será a pessoa que vai pegar nas rédeas do banco central durante os próximos quatro anos.

 

Tem sido avançada pela imprensa norte-americana a possibilidade de Janet Yellen – cujo mandato vigora até final de Janeiro de 2018 – ser substituída na liderança da Fed por Kevin Warsh, mais alinhado com Trump na desregulação do sector financeiro.

 

Na gíria da política monetária, imperam as pombas e os falcões e Yellen é tida como pertencendo ao primeiro grupo por ser apologista de medidas de estímulo à economia [mesmo que isso faça subir a inflação acima do que se desejaria - o que, de qualquer das formas, não aconteceu, pois a inflação está ainda longe da meta de 2% proposta pela Fed].

 

Já Kevin Warsh é tido como tendo uma postura "hawkish", por se preocupar com a estabilidade dos preços. Warsh foi membro do conselho de governadores da Fed entre 2006 e 2011 e pertenceu ao círculo chegado de Ben Bernanke – a que Yellen sucedeu na presidência da Fed, em Janeiro de 2014 – tendo ajudado a moldar as medidas extraordinárias (e muitas vezes impopulares) de combate à crise financeira mundial.

 

No entanto, Warsh foi também uma voz activa nas críticas à Reserva Federal pelas suas prolongadas políticas de estímulos monetários, dizendo que se tratava de uma estratégia que não era eficaz e que poderia ter perigosos efeitos colaterais.

 

A Bloomberg refere que os conselheiros de Trump já lhe terão apresentado uma lista final dos nomes que recomendam como candidatos à liderança da Fed.

 

Até agora, pelo que se sabe, entre outros potenciais nomes para assumir o leme da Fed conta-se a própria Yellen, bem como John Taylor, economista da Universidade de Stanford, John Allison, ex-CEO da BB&T, e Glenn Hubbard, economista da Universidade de Columbia.

 

Um outro nome que também tem sido avançado por alguns media é o de Lawrence Lindsey, que foi igualmente membro do conselho de governadores da Reserva Federal, e Jerôme Powell – que é ainda membro do conselho de governadores da Fed.

Além disso, Trump também já referiu que tem estado a equacionar o nome de Gary Cohn, director do Conselho Económico Nacional da Casa Branca - sendo este responsável apontado igualmente como um candidato forte.

Mas, para os mercados, isso fará diferença? "O mercado em geral está à espera de taxas de juro mais elevadas, por isso não creio que vá haver uma grande mudança de Warsh se tornar o presidente da Fed", comentou à Bloomberg um estratega da Bryn Mawr Trust, Ernie Cecilia. "Haverá uma tendência para se ser mais do tipo 'falcão', mas não a ponto de isso constituir um obstáculo relevante para as bolsas", acrescentou.

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