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Wall Street dispara e já acumula ganhos na semana
Os três principais índices fecharam a sessão com ganhos bem acima de 1% e o S&P500 alcançou a maior subida em dois meses.
Após um início de semana de fortes quedas, as bolsas norte-americanas subiram pela segunda sessão seguida, com os investidores mais tranquilos com a frente cambial da disputa entre os Estados Unidos e a China.
O S&P500 somou 1,88% para 2.938,09 pontos, conseguindo a maior subida em dois meses. No acumulado da semana, este índice que agrupa as 500 maiores empresas norte-americanas apresenta um saldo positivo. Na semana passada, em que perdeu mais de 3%, este índice fechou nos 2.932,05 pontos.
O Dow Jones ganhou 1,43% para 26.378,5 pontos e o Nasdaq avançou 2,24% para 8.039,16 pontos. "Por agora, no que diz respeito à volatilidade, o pior ficou para trás", comentou à Bloomberg Rick Bensignor, antigo analista do Morgan Staney.
A evolução positiva dos três índices de referência norte-americanos acontece depois de o banco central chinês ter fixado o valor da moeda mais firmemente do que era esperado pelo mercado, sinalizando a vontade de estabilizar a divisa, depois de na segunda-feira, 5 de agosto, esta ter deslizado até ao nível mais baixo em 11 anos face ao dólar. A quebra na moeda chinesa foi uma resposta à imposição de tarifas sobre as importações chinesas que havia sido anunciada por Donald Trump na semana anterior.
Paralelamente, Pequim divulgou que as exportações registaram um aumento, o que não estava a ser antecipado pelos analistas. Já as importações diminuíram menos que o esperado. Isto, apesar de o comércio entre China e Estados Unidos ter voltado a contrair em julho. "Estes dados são muito reconfortantes para os investidores porque mostram que as economias mundiais não estão a degradar-se rapidamente", justifica, em declarações à Reuters, um analista da Bokeh Capital Partners.
As tecnológicas lideraram os ganhos dos índices. A fabricante de chips AMD disparou 16,2% para 33,92 dólares, depois de ter lançado uma nova gama dos seus produtos que terá a Alphabet e o Twitter como clientes.
A Symantec disparou 12,3% para 22,92 dólares depois da Reuters ter noticiado que a fabricante de chips Broadcom está em negociações avançadas para comprar a unidade de ciber-segurança da companhia. Já depois do fecho da sessão o negócio foi confirmado por 10,7 mil milhões de dólares.
Em dia de anúncio de prejuízos, a Lyft (+3%) e a Uber (8,35%) também dispararam, embora permaneçam abaixo do preço do IPO. Já depois do fecho da sessão a Uber confirmou que fechou o segundo trimestre com prejuízos acima de 5 mil milhões de dólares.