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Wall Street de novo em máximos à espera de um falcão na Fed

Os principais índices bolsistas dos EUA fecharam em alta, a estabelecerem novos máximos de sempre. Os investidores continuam à espera de mais pormenores sobre quem irá comandar a Reserva Federal e o "falcão" Kevin Warsh é um dos candidatos mais falados para uma possível substituição da "pomba" Yellen nos comandos do banco central norte-americano.

Bloomberg
04 de Outubro de 2017 às 21:34
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O Standard & Poor’s 500 encerrou a sessão desta quarta-feira a somar 0,12% para 2.537,74 pontos, tendo a meio da jornada estabelecido um novo máximo histórico nos 2.540,53 pontos.

 

O Dow Jones seguiu a mesma tendência, avançando 0,09% para 22.661,50 pontos, depois de alcançada na negociação intradiária um nível nunca antes visto, nos 22.685,94 pontos.

 

O tecnológico Nasdaq Composite, que tinha aberto em ligeira baixa, inverteu para terreno positivo e fechou a valorizar 0,04% para 6.534,62 pontos. Durante a negociação, chegou a tocar nos 6.546,46 pontos, um patamar onde nunca tinha estado.

 

Os investidores têm estado animados com os mais recentes dados económicos e com o plano fiscal pró-crescimento proposto pelo Donald Trump, mas agora estão cada vez mais ansiosos por saberem quem será o próximo líder da Fed – isto depois de o presidente ter anunciado na passada sexta-feira que "dentro de duas a três semanas" diria quem será a pessoa que vai pegar nas rédeas do banco central durante os próximos quatro anos.

 

Tem sido avançada pela imprensa norte-americana a possibilidade de Janet Yellen – cujo mandato vigora até final de Janeiro de 2018 – ser substituída na liderança da Fed por Kevin Warsh, mais alinhado com Trump na desregulação do sector financeiro.

 

Na gíria da política monetária, imperam as pombas e os falcões e Yellen é tida como pertencendo ao primeiro grupo por ser apologista de medidas de estímulo à economia [mesmo que isso faça subir a inflação acima do que se desejaria - o que, de qualquer das formas, não aconteceu, pois a inflação está ainda longe da meta de 2% proposta pela Fed].

 

Já Kevin Warsh é tido como tendo uma postura "hawkish", por se preocupar com a estabilidade dos preços. Warsh foi membro do conselho de governadores da Fed entre 2006 e 2011 e pertenceu ao círculo chegado de Ben Bernanke – a que Yellen sucedeu na presidência da Fed, em Janeiro de 2014 – tendo ajudado a moldar as medidas extraordinárias (e muitas vezes impopulares) de combate à crise financeira mundial.

 

No entanto, Warsh foi também uma voz activa nas críticas à Reserva Federal pelas suas prolongadas políticas de estímulos monetários, dizendo que se tratava de uma estratégia que não era eficaz e que poderia ter perigosos efeitos colaterais.

Mas, para os mercados, isso fará diferença? "O mercado em geral está à espera de taxas de juro mais elevadas, por isso não creio que vá haver uma grande mudança se Warsh se tornar o presidente da Fed", comentou à Bloomberg um estratega da Bryn Mawr Trust, Ernie Cecilia. "Haverá uma tendência para se ser mais do tipo 'falcão', mas não a ponto de isso constituir um obstáculo relevante para as bolsas", acrescentou.

A Bloomberg refere que os conselheiros de Trump já lhe terão apresentado uma lista final dos nomes que recomendam como candidatos à liderança da Fed.

 

Até agora, pelo que se sabe, entre outros potenciais nomes para assumir o leme da Fed conta-se a própria Yellen, bem como John Taylor, economista da Universidade de Stanford, John Allison, ex-CEO da BB&T, e Glenn Hubbard, economista da Universidade de Columbia.

 

Um outro nome que também tem sido avançado por alguns media é o de Lawrence Lindsey, que foi igualmente membro do conselho de governadores da Reserva Federal, e Jerôme Powell – que é ainda membro do conselho de governadores da Fed.

Além disso, Trump também já referiu que tem estado a equacionar o nome de Gary Cohn, director do Conselho Económico Nacional da Casa Branca - sendo este responsável apontado igualmente como um candidato forte.


(notícia actualizada às 22:48)

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