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Wall Street continua no vermelho já à espera de reunião Trump-Jinping
A dois dias do início da cimeira entre os presidentes dos Estados Unidos e da China, as principais praças norte-americanas começaram o dia mantendo a toada de perdas das últimas duas sessões.
O índice DowJones abriu a sessão desta terça-feira, 4 de Abril, a ceder 0,07% para 20.636,00 pontos, acompanhando pelo tecnológico Nasdaq Composite que iniciou o dia a resvalar 0,26% para 5.879,54 pontos. Também o índice Standard & Poor’s começou a negociação a perder 0,18% para 2.354,57 pontos.
Estes três índices negoceiam assim em terreno negativo pela terceira sessão consecutiva, prolongando a tendência de correcção que se seguiu aos fortes ganhos e renovação de máximos impulsionados pelo optimismo em relação às políticas do novo presidente americano.
Os investidores estão já a tentar antecipar o que resultará da cimeira entre Donald Trump e Xi-Jinping, respectivamente os presidentes dos Estados Unidos e da China, que terá lugar na próxima quinta e sexta-feira.
Depois de, durante a campanha eleitoral, ter acusado a China de fazer manipulação cambial e de tirar partido da relação comercial com os Estados Unidos, reiterando posições proteccionistas, Trump deverá agora tentar utilizar a relação comercial entre os dois países para tentar levar Pequim a cooperar com Washington na contenção da ameaça apresentada pela Coreia do Norte.
Por outro lado, a negociação em Wall Street continua a ser influenciada pelas dúvidas dos investidores quanto à real capacidade de Trump pôr em marcha o prometido plano económico de cortes fiscais e investimento público em grandes infra-estruturas.
As dúvidas vieram para primeiro plano depois de Trump não ter conseguido nem avançar com a proibição (travel ban) a cidadãos nacionais de um conjunto de países de maioria muçulmana viajarem para os Estados Unidos, nem conseguir recolher os apoios necessários junto da maioria republicana no Congresso para fazer aprovar o plano com que pretendia revogar e substituir o Obamacare.
Estas dúvidas agravaram-se esta segunda-feira depois de alguns Estados norte-americanos terem acusado a administração Trump de ter suspendido de forma ilegal os padrões de eficiência energético adoptados pela anterior administração na sequência do Acordo de Paris sobre o combate às alterações climáticas.
A marcar este início de sessão estão as perdas do Bank of America, que perde 1,42% para 23,255 euros, depois de o Citigroup ter cortado a recomendação sobre as acções do BofA de "comprar" para "neutral".
Também a Nvidia começou o dia a desvalorizar 3,95 % para 104,10 pontos, já depois de a Pacific Crest ter baixado a nota atribuída à fabricante de chips electrónicos.
(Notícia actualizada às 14:47)