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Wall Street continua à procura de rumo. Investidores preparam-se para novos dados

Os principais índices norte-americanos encerraram em terreno misto, com o Nasdaq a escapar das perdas que têm assolado das bolsas dos EUA desde o início de setembro.

O “benchmark” Standard & Poor’s 500 (S&P 500), o tecnológico Nasdaq 100 e o industrial Dow Jones têm batido recordes, mas depois das palavras de Powell derraparam.
Brendan McDermid/Reuters
05 de Setembro de 2024 às 21:59
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Ainda não foi desta que Wall Street conseguiu encontrar uma direção clara. As bolsas norte-americana voltaram a encerrar mistas, numa sessão marcada pela volatilidade, onde os principais índices do país revezaram entre ganhos e perdas, com o tecnológico Nasdaq a ser o único a terminar no verde.

A sessão até começou relativamente otimista, com os novos dados dos pedidos de subsídio de desemprego a indicarem um mercado laboral mais robusto do que antecipado e a dar algum fôlego ao S&P 500 e ao Nasdaq. Mas a incerteza em relação aos dados da criação de emprego, que serão revelados esta sexta-feira, acabaram por eclipsar esse otimismo.

O S&P 500 encerrou a sessão a recuar 0,30% para 5.503,41 pontos, enquanto o industrial Dow Jones caiu 0,54% para 40.755,75 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,25% para 17.127,66 pontos.

"Os mercados têm estado nesta montanha-russa de apetite e aversão pelo risco, porque estão realmente a observar os dados para terem um noção de como está a economia em termos de aterragem e o que isto pode significar para a política monetária do banco central", afirmou Wasif Latif, presidente da Sarmaya Partners de New Jersey, à Reuters.

Entre as principais movimentações do mercado, a Tesla ganhou 4,90% para 230,17 dólares, depois de ter anunciado que vai lançar o que planeia lançar o seu software de condução autónoma na Europa e na China já no primeiro trimestre do próximo ano, se obtiver a aprovação necessária das entidades reguladoras.

Já a Nvidia encerrou a recuperar de forma ligeira da desvalorização de mais de 11% registada nas últimas duas sessões, ao avançar 0,94% para 107,21 dólares.  A "AI-darling" tem estado sobre pressão desde que apresentou os seus resultados trimestrais e previsões de lucro para o próximo trimestre – estas últimas ficaram abaixo das expectativas mais elevadas. A somar isto, está ainda a intimação que a fabricante de semicondutores recebeu por parte do Departamento de Justiça norte-americana, que está a investigar a Nvidia por suspeitas de violação das regras da concorrência.

Setembro é um mês historicamente mais fraco para as ações norte-americanas, uma vez que é uma altura em que os investidores aproveitam para reavaliar os seus portefólios e tirar mais-valias. O S&P 500 tem um histórico de desvalorização de 1,2% neste mês, segundo dados compilados desde 1928. 

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