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Wall Street cai pelo segundo dia à espera de fumo branco em Washington

As bolsas dos Estados Unidos continuam em queda nesta semana decisiva, em que a ausência de um acordo entre os Estados Unidos e a China levará a um agravamento das tarifas sobre Pequim.

Reuters
07 de Maio de 2019 às 14:43
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A ameaça de uma guerra comercial prolongada entre os Estados Unidos e a China continua a condicionar o sentimento em Wall Street. As bolsas norte-americanas estão a negociar em queda esta terça-feira, 7 de maio, pela segunda sessão consecutiva, depois de, no fim de semana, Donald Trump ter ameaçado agravar as tarifas sobre os bens chineses já a partir de sexta-feira.

 

Nesta altura, o índice industrial Dow Jones desce 0,84% para 26.215,12 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq perde 0,77% para 8.061,25 pontos. Já o S&P500 desvaloriza 0,71% para 2.911,66 pontos.

 

O líder da Casa Branca avisou no domingo que se os Estados Unidos e a China não chegarem a um acordo durante esta semana, as tarifas aplicadas sobre 200 mil milhões de dólares vão aumentar de 10% para 25% a partir do dia 10 de maio.

 

Ameaça de Trump coloca uma pressão adicional sobre as negociações que vão decorrer nos próximos dias em Washington, e que contarão com a presença do vice-primeiro-ministro chinês Liu He, como confirmou Pequim esta terça-feira.

 

"Há alguma incerteza em torno do resultado das negociações comerciais. Se não houver acordo, isso será interpretado de forma muito negativa pelos mercados", referiu Matt Forester, diretor de investimentos da BNY Mellon's Lockwood Advisors, em declarações à Reuters.

 

Empresas mais sensíveis às questões comerciais têm sido das mais penalizadas, como é o caso da Boeing, que desvaloriza 1,34% para 366,96 dólares, e da Caterpillar, que perde 0,87% para 135,57 dólares.

 

Além das ações, a tensão comercial também se tem refletido nas cotações do petróleo, que seguem a cair mais de 1% nos mercados internacionais, arrastando consigo as empresas do setor. A Exxon Mobil recua 1,08% para 76,32 dólares e a Chevron desce 0,94% para 117,30 dólares.

 

Os receios de que não seja alcançado um acordo entre as duas maiores potências mundiais acabaram por anular o otimismo em torno dos resultados das empresas, que levaram o S&P500 e o Nasdaq para máximos históricos.

 

Até ao momento, 392 empresas do S&P500 já apresentaram as suas contas, sendo que cerca de 75% ultrapassou as estimativas dos analistas. Assim, as projeções apontam agora para uma subida dos lucros de 1% no primeiro trimestre, uma melhoria face à estimativa avançada antes do início da época de resultados, que antecipava um declínio de 2,3%, que seria o primeiro desde 2016.

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