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Wall Street atinge novos máximos apesar de receios da Fed com tarifas

As bolsas norte-americanas fecharam em terreno positivo, sustentadas sobretudo pelos títulos industriais e da banca. O Nasdaq cedeu ligeiramente perto do final da sessão, mas o S&P 500 alcançou máximos de cinco meses.

Reuters
18 de Julho de 2018 às 21:25
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O Dow Jones fechou a somar 0,32% para 25.199,29 pontos, ao passo que o índice tecnológico Nasdaq Composite recuou ligeiramente mesmo no fim da sessão, com uma descida marginal de 0,01%, a valer 7.854,44 pontos – depois de ontem ter atingido um máximo histórico nos 7.867,15 pontos.

 

Já o Standard & Poor’s 500 ganhou 0,22% para se estabelecer nos 2.815,62 pontos, situando-se assim no valor mais alto dos últimos cinco meses.

 

A sustentar os ganhos estiveram sobretudo os títulos industriais e financeiros, com muitas cotadas norte-americanas a apresentarem resultados trimestrais robustos e a reforçarem a convicção de que o segundo trimestre terá contas robustas.

 

O Morgan Stanley aumentou em 43% os lucros entre Abril e Junho face ao mesmo período do ano passado, o que impulsionou o título e contagiou positivamente todo o sector da banca. Os títulos do banco encerraram a && para /// dólares.

 

Os lucros por acção do Morgan Stanley situaram-se em 1,30 dólares no segundo trimestre, superando largamente o estimado pelos analistas inquiridos pela Reuters, que apontavam para um valor médio de 1,11 dólares. 

 

À medida que mais empresas do S&P 500 vão reportando as suas contas, a estimativa para os lucros agregados destas cotadas no segundo trimestre subiu para 21,2% contra os 20,7% projectados a 1 de Julho, segundo os dados recolhidos pela Thomson Reuters.

 

Em destaque esteve também a Berkshire Hathaway, conglomerado do investidor multimilionário Warren Buffett, que disparou perto de 6% (acções da classe B) depois de o grupo ter eliminado uma restrição à recompra de acções próprias. A ponto de a CNN Money ter dito que Buffett poderá, em breve, "juntar-se à festa da recompra de acções".

 

Também o sector industrial animou a negociação em Wall Street, sobretudo devido aos fortes lucros da empresa ferroviária CSX Corp., que disparou perto de 7% com o anúncio dos resultados trimestrais, e da companhia aérea United Airlines – que escalou mais de 9%.

 

Este desempenho no sector industrial ajudou assim a diminuir os receios de um impacto a nível nacional da disputa comercial que os EUA travam com vários países, nomeadamente a China.

 

Hoje foi divulgado o Livro Bege da Fed, que diz que as fabricantes industriais dos 12 distritos da Reserva Federal se mostraram preocupadas com o impacto das tarifas alfandegárias da Administração Trump, apesar de a economia norte-americana continuar a expandir-se a um ritmo "moderado a modesto".

 

"Os fabricantes de todos os distritos manifestaram receios em torno das tarifas e em muitos distritos reportaram subidas de preços e perturbações da oferta que atribuíram às novas políticas comerciais", refere o banco central dos EUA no seu relatório.

 

O presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que hoje falou sobre o estado da economia norte-americana e sobre política monetária, perante a Câmara dos Representantes, também deu voz a esses receios, ao dizer que o aumento do proteccionismo a nível global irá ameaçar, com o tempo, a expansão dos EUA e do resto do mundo.

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