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Variante delta ofusca bons dados económicos e abala Wall Street. Mas não impede recorde da Moderna

As bolsas do outro lado do Atlântico não conseguiram manter a tendência altista da abertura e encerraram a última sessão da semana no vermelho.

O início do ano está a ser marcado por         um crescimento das ordens sobre ações e títulos de dívida.
Lucas Jackson/Reuters
16 de Julho de 2021 às 21:27
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O índice industrial Dow Jones fechou a ceder 0,86%, para se fixar nos 34.687,85 pontos. Durante a sessão ainda chegou a tocar nos 35.090,01 pontos, muito perto de marcar um novo recorde – que está nos 35.092 pontos (fixados na sessão do passado dia 10 de maio).

 

Já o Standard & Poor’s 500 recuou 0,75%, para 4.327,16 pontos. Isto depois de na quarta-feira ter estabelecido um novo máximo histórico, nos 4.393,68 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,80% para 14.427,24 pontos. Na negociação intradiária de anteontem chegou a fixar o valor mais alto de sempre, nos 14.814,69 pontos.

 

No arranque da sessão, os investidores estavam a apostar em cotadas de setores mais sensíveis à evolução da economia, como a energia, banca e turismo, depois do anúncio de um aumento acima do esperado das vendas a retalho, o que reiterou a robustez da retoma económica depois dos bons dados laborais revelados ontem.

 

As vendas a retalho aumentaram 0,6% em junho, anunciou o Departamento norte-americano do Comércio.

 

No entanto, o aumento de casos de coronavírus associados à delta, nova variante da covid, acabou por ofuscar o otimismo no mercado, já que se receia que possa restrições mais duras, uma vez mais, o que penalizará o ritmo de crescimento – um cenário que pesou sobretudo nas tecnológicas, como a Amazon, se bem que a Moderna tenha escapado com grande margem a esta maré vermelha.

Moderna em máximos históricos

Pela positiva o destaque vai mesmo para a Moderna, que fechou a disparar 10,30% para 286,43 dólares, impulsionada pelo anúncio de que vai integrar o S&P 500.

 

A biotecnológica norte-americana, responsável por uma das vacinas consideradas eficazes contra a covid-19 – que foi autorizada a 18 de dezembro nos EUA e a 6 de janeiro na União Europeia –, vai integrar o índice Standard & Poor’s 500 a partir de 21 de julho, em substituição da Alexion Pharmaceuticals, anunciou ontem à noite a entidade que gere este índice, a S&P Dow Jones Indices.

 

As ações da Moderna, que está já cotada no tecnológico Nasdaq, dispararam de imediato na negociação fora do horário regular ("after-hours") da noite passada, tendo hoje mantido a tendência e atingido um máximo histórico nos 288,88 dólares.

 

A Alexion, que dará lugar à Moderna no S&P 500, vai ser comprada pela AstraZeneca –que também desenvolveu uma vacina contra a covid, em parceira com a Universidade de Oxford – por 39 mil milhões de dólares.

 

O "comité do índice" da S&P Dow Jones Índices reúne-se trimestralmente para reavaliar o índice, mas as empresas podem ser integradas ou retiradas do S&P a qualquer momento.

 

A inclusão é baseada tanto em fatores quantitativos como qualitativos. Além disso, a empresa tem de estar sediada nos EUA e já estar cotada na NYSE (bolsa de Nova Iorque), no Nasdaq (índice tecnológico) ou na CBOE (bolsa de opções de Chicago).

 

Para uma empresa ser elegível tem também de ter um "market cap" superior a 8,2 mil milhões de dólares e reportar quatro trimestres consecutivos de lucros no âmbito da aplicação das normas contabilísticas – a chamada GAAP.

 

A Moderna está neste momento com uma capitalização bolsista de 115,01 mil milhões de dólares.

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