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Vai ser um auditor independente a fixar preço para Compta sair de bolsa
A "reduzida liquidez" das ações da Compta levou o regulador a decidir que será um auditor a fixar a contrapartida mínima a receber pelos acionistas no âmbito da saída de bolsa.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários decidiu que será um auditor independente a determinar o preço mínimo que será oferecido aos acionistas minoritários da Compta, no âmbito da saída desta tecnológica da bolsa portuguesa.
"A CMVM informa que solicitou à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas a nomeação de um auditor independente para fixação da contrapartida mínima a oferecer em caso de deferimento do pedido de perda da qualidade de sociedade aberta da Compta – Equipamentos e Serviços de Informática", indicou esta segunda-feira o supervisor.
Explica a CMVM que esta decisão decorre da "reduzida liquidez" das ações da Compta, "pelo que a contrapartida mínima (…) deverá ser determinada por auditor".
Com uma capitalização bolsista de 360 mil euros, a Compta negociou em média 6.320 ações por dia nos últimos seis meses. Na última sessão em que negociou (3 de julho) as ações subiram 1,69% para 12 cêntimos. A cotação média dos últimos seis meses é de 11,85 cêntimos e no acumulado do ano os títulos somam 6,19%.
O processo de saída de bolsa foi aprovado pelos acionistas na assembleia geral que decorreu a 17 de abril. Nesse dia "foram aprovadas as propostas" sobre "a perda da qualidade de sociedade aberta" e de "atribuir ao conselho de administração mandato para praticar os atos e satisfazer as formalidades que se mostrem necessários à concretização, em termos válidos e plenamente eficazes, da deliberação" da saída de bolsa.
A Compta convocou, na passada quinta-feira, 4 de julho, uma nova assembleia geral de acionistas para o próximo dia 26 de julho na qual será votada a perda da qualidade de sociedade aberta.
A empresa, cuja administração é presidida por Armindo Monteiro (na foto), opera nas áreas de telecomunicações e sistemas de informação.
Com centros tecnológicos instalados no TagusValley – Tecnopólo do Vale do Tejo, em Abrantes, no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, em Évora, e no Instituto Politécnico de Tomar, a Compta decidiu, no caso da região Norte, abandonar as suas instalações em Alfena, Valongo, e transferir-se para o Parque de Ciência e Tecnologia da Maia (Tecmaia), na Maia – transferência essa que ocorreu em junho do ano passado.