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Trump vendeu todas as suas participações accionistas em Junho

O presidente eleito dos Estados Unidos vendeu todas as suas acções em Junho passado, declarou um porta-voz de Donald Trump. Boeing, Apple e Ford estão entre os investimentos de que abriu mão.

Reuters
07 de Dezembro de 2016 às 15:29
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Em Junho deste ano, Donald Trump – que no dia 8 de Novembro venceu as eleições presidenciais norte-americanas – desfez-se de todas as posições accionistas que detinha, afirmou ontem um porta-voz do republicano, Jason Miller, citado pela Bloomberg.

 

Depois de, a 2 de Agosto, Trump ter dito numa entrevista à Fox Business, que já não detinha quaisquer acções de empresas, Miller confirmou ontem que o magnata do imobiliário tinha vendido tudo em Junho.

 

Trump, que assume as suas funções na Casa Branca a 20 de Janeiro, desfez-se das participações que detinha no capital de cerca de 100 empresas, como a Apple, Microsoft, Exxon Mobil, Ford Motor, Citigroup, Pepsi, General Electric e Boeing – e cujo valor ascendia a 38 milhões de dólares – referem a Bloomberg e a CNN.

 

Ontem, recorde-se, Donald Trump criticou a Boeing pelo elevado preço que a construtora aeronáutica pede pelo fornecimento de um novo avião presidencial, o Air Force One. Com estas críticas, as acções da empresa encerraram em baixa.

 

O próximo presidente dos EUA anunciou também, recentemente, que pretende anunciar no dia 15 de Dezembro que irá largar todos os seus negócios no âmbito da Trump Organization.

 

O porta-voz de Trump não especificou, nas suas declarações de ontem, se o sucessor de Barack Obama também vendeu todas as suas obrigações corporativas – já que as detinha quando apresentou, em Maio passado, a sua declaração relativa à titularidade de acções e dívida.

A CNN perguntou à equipa de transição de Trump se este ainda mantinha em Junho os seus investimentos em fundos de cobertura de risco – avaliados em 80 milhões de dólares – mas não foi dada resposta.

 

"Verificar se Trump de facto já vendeu todas as suas acções é difícil. A sua última declaração financeira foi apresentada em Maio de 2016 e, legalmente, só tem de voltar a apresentar em Maio de 2018 a próxima declaração ao Gabinete de Ética Governamental", salienta a CNN a propósito das declarações feitas ontem por Miller.

 

No entanto, acrescenta a CNN, "todos os outros presidentes apresentaram voluntariamente as suas titularidades financeiras durante os seus primeiros anos de mandato desde que foi aprovada em 1978 a Lei de Ética Governamental, na sequência do escândalo Nixon".

Há, contudo, quem se mostre céptico. É o caso de Kurt Eichenwalt. O jornalista da Newsweek e The New York Times escreveu no seu Twitter que o melhor é não acreditar nas declarações de Trump – que em 1987 lhe disse o mesmo, acabando por se provar que era mentira quando apresentou a sua declaração financeira ao regulador do mercado de capitais (Securities and Exchange Commission [SEC], equivalente à CMVM em Portugal).

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