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Trump dá a Wall Street melhor semana em um ano
As expectativas em relação às políticas expansionistas do vencedor das eleições presidenciais norte-americanas de terça-feira e o corte de juros da Fed levaram a que os principais índices registassem recordes intradiários.
A semana das eleições presidenciais terminou em grande para Wall Street, com os principais índices a registarem o melhor desempenho semanal em um ano, depois da eleição de Donald Trump como presidente dos EUA.
Durante a sessão, o S&P 500 ultrapassou o nível de 6.000 pontos, enquanto o Dow Jones quebrou a barreira dos 44.000 pontos, atingindo máximos intradiários, para depois abrandarem ligeiramente. O Nasdaq também quebrou um recorde intradiário.
O S&P subiu 0,38% para 5.995,54 pontos, alcançando o 50º recorde do ano, enquanto o Dow Jones subiu 0,59% para 43.988.99 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq ganhou 0,11% para 19.920,49 pontos. Durante a sessão, o S&P tocou os 6.012,45 pontos, o Dow atingiu os 44.157,29 pontos e o Nasdaq chegou até aos 19.318,56 pontos.
As ações das empresas com uma capitalização bolsista mais baixa tiveram um desempenho ainda melhor, com o índice Russell 2000 a subir mais de 8%, registando a melhor semana desde junho de 2020.
As bolsas continuam a ser fortemente impulsionadas pelas expectativas em torno da eleição de Trump, que prometeu cortes abrangentes de impostos e uma redução da regulação quando entrar em funções.
O ciclo de cortes de taxas de juro da Reserva Federal, que na quinta-feira efetuou uma redução de 25 pontos base, também está a reforçar o otimismo dos investidores.
Contudo, o grande impulsionador foi a vitória do candidato republicano, fazendo com que os índices acelerassem logo na quarta-feira, o dia seguinte às eleições.
Cerca de 20 mil milhões de dólares afluíram para os fundos de ações dos EUA no dia em que Trump declarou vitória, de acordo com dados do Bank of America.
Clark Geranen, da CalBay Investments, assinala à Bloomberg que o S&P 500, ao ultrapassar a barreira psicológica dos 6.000 pontos, "pode convidar a ainda mais interesse dos investidores nas ações, uma vez que há ainda muito dinheiro à margem nos fundos dos mercados monetários e nas obrigações".
Contudo, Gerenen pensa que o mercado pode fazer uma pausa antes de voltar a acelerar em direção ao final do ano, depois do "rally" pós-eleitoral, que ainda tem mais margem para progredir.
