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Tombo da EDP coloca Lisboa a liderar perdas na Europa  

Efeito Trump penalizou os mercados europeus, com o PSI a ser especialmente castigado pelo desempenho do grupo EDP, que tocou mínimos de quatro anos e meio. Resultados e receios sobre futuro da EDP Renováveis nos EUA penalizaram as elétricas.

Tiago Sousa Dias
06 de Novembro de 2024 às 17:05
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A bolsa de Lisboa não escapou à pressão vendedora nas bolsas europeias desencadeada pela vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, registando mesmo uma queda superior à das congéneres do Velho Continente, devido ao forte tombo do grupo EDP.   

O índice de referência nacional desceu 3,27% para 6.334,18 pontos, com 13 dos seus 15 títulos no vermelho. O PSI recuou para mínimos de abril, numa sessão europeia marcada pelos receios sobre uma eventual guerra comercial com Washington e sobre as perspetivas para a Ucrânia no conflito com a Rússia.  

As elétricas do grupo EDP lideraram à distância as quedas, sobretudo a unidade renovável, pressionada pela queda de 53% dos lucros nos primeiros nove meses do ano e a possível reversão das políticas de apoio ao setor eólico "offshore" – tal como prometido por Trump.

A EDPR afundou 11,8% para 11,24 euros, enquanto a EDP recuou 7,10% para 3,321 euros. Durante a sessão, ambas as cotadas atingiram mínimos de quatro anos e meio.

Contudo, o CEO da EDP, Miguel Stilwell d'Andrade, disse esta quarta-feira, numa chamada telefónica com analistas após a apresentação de resultados que espera que a EDPR continue a registar um "forte crescimento" no país, apesar da eleição do candidato republicano.

Com perdas menos expressivas, mas acima de 2%, fecharam a Mota-Engil, que recuou 2,52% para 2,476 euros, e o BCP, que recuou 2,11% para 0,4461 euros.

O retalho também desvalorizou, com quedas de 1,62% para a Sonae e 1,54% para a Jerónimo Martins, enquanto a Galp perdeu 1,61% para 15,93 euros.

Com a incerteza em relação a um parceiro no projeto da Namíbia como pano de fundo, a AlphaValue/Baader decidiu rever em baixa o preço-alvo da petrolífera para 31,70 euros face a 32,10 euros, mantendo contudo a recomendação de "comprar".

Do lado dos ganhos, fecharam apenas os CTT – com um avanço de 0,12% para 4,29 euros – e a Ibersol, que liderou as subidas com uma valorização de 1,08% para 7,46 euros.

 

           

      

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