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Tensões EUA-China e ausência de estímulos levam Nasdaq ao tapete

As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno misto, com o Nasdaq a ser penalizado pelas tensões entre Washington e Pequim no domínio tecnológico, pelos dados do emprego e pela ausência de acordo para um novo pacote de estímulos.

O Dow Jones teve uma valorização de mais de 11% na terça-feira.
Lucas Jackson/Reuters
07 de Agosto de 2020 às 21:27
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O Dow Jones fechou a somar 0,17% para 26.433,48 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,06% para 3.351,28 pontos.

 

Em contraciclo, o tecnológico Nasdaq Composite caiu 0,87% para 11.010,98 pontos, depois de ontem ter estabelecido um novo máximo histórico nos 11.121,19 pontos.

 

O Dow e o S&P500 também estiveram a negociar no vermelho, mas na última hora de negociação conseguiram recuperar algum fôlego, com os setores defensivos, como as "utilities" e o imobiliário, entre os maiores ganhos.

 

O facto de Donald Trump ter assinado duas ordens legislativas a proibir os residentes nos EUA de fazerem, a partir de 15 de setembro, negócios com a ByteDance, que detém a TikTok, e com a Tencent, dona da WeChat, pressionou sobretudo o setor tecnológico.

 

Por outro lado, os dados hoje divulgados revelam uma forte desaceleração no crescimento do emprego nos Estados Unidos.

 

A maior economia mundial criou 1,76 milhões de empregos não agrícolas em julho, superando as estimativas do mercado que apontavam para a criação de 1,48 milhões de postos de trabalho, revelou esta sexta-feira o Departamento do Trabalho norte-americano.

 

Embora este número tenha saído melhor do que o esperado, ficou fortemente abaixo do recorde de 4,8 milhões de empregos criados em junho, o que desanimou o mercado.

 

Também o aumento de casos de covid-19 em muitos estados norte-americanos pesou no sentimento dos investidores, que esperam que seja aprovado no Congresso um novo pacote de estímulos à economia.

 

A Califórnia tornou-se hoje o terceiro estado do país a superar as 10.000 mortes por infeção pelo coronavírus.

 

Nova Iorque tem o maior número de vítimas mortais (mais de 32.000), seguindo-se Nova Jérsia (com perto de 16.000).

 

Os investidores mostraram-se também preocupados, e daí a maior prudência, com a possibilidade de o Congresso não chegar a acordo em relação a um novo pacote de estímulos à economia destinado a combater o impacto económico da pandemia.

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