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Tecnológicas travam impacto turco nas bolsas americanas
Donald Trump vangloriou-se com as medidas que os EUA impuseram à Turquia. Mas os investidores não estão a demonstrar tanto entusiasmo. O adensar da crise turca está a pesar nas bolsas americanas, que conseguem escapar às quedas devido à subida do sector tecnológico.
As bolsas americanas iniciaram o dia com ganhos ligeiros, com o sector tecnológico a subir e a ofuscar os danos causados pela crise da Turquia. O Dow Jones sobe 0,12% para 25.342,71 pontos e o Nasdaq avança 0,18% para 7.853,43 pontos. O S&P500 aprecia 0,12% para 2.836,81 pontos.
As bolsas dos EUA seguem com ganhos tímidos, com os investidores a reflectirem nas praças os receios em torno das tensões geopolíticas, com o foco a estar agora direccionado para a Turquia.
Os EUA impuseram sanções económicas à Turquia e duplicaram as tarifas sobre as importações de aço e alumínio. Factores que agudizaram a crise económica da Turquia. O que, aliado às medidas das autoridades turcas, consideradas fracas pelos investidores, levou a um pronunciar da queda da lira contra o dólar – já cai mais de 45% em 2018 – e a uma subida dos juros turcos para níveis nunca antes vistos.
O potencial contágio desta crise turca ao resto do mundo – com a Europa num plano de destaque – está a espalhar-se, com os investidores a revelarem uma grande desconfiança em relação a esta situação. As bolsas europeias estão em queda e o euro está a negociar em mínimos de mais de um ano.
Um dos sectores mais afectados é o da banca, muito devido à exposição que algumas instituições têm à Turquia. O Wells Fargo cai 0,6% para 57,69 dólares, o Citigroup perde 0,84% para 69,67 dólares e o Bank of America recua 0,83% para 30,93 dólares.
A sustentar as bolsas está o sector tecnológico, com as cotadas a regressarem aos ganhos. Entre elas estão a Apple, ao subir 0,39% para 208,34 dólares, a Amazon, ao crescer mais de 1%, e a Alphabet, que está a apreciar 0,4% para 1.257,50 dólares.
Destaque ainda para a Nielsen Holdings, que está a disparar 13,75% para 24,99 dólares, depois de o Wall Street Journal ter noticiado que a activista Elliot Management comprou uma participação relevante na empresa.