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Tecnológicas resgatam Wall Street mas não impedem queda semanal

As bolsas do outro lado do Atlântico conseguiram encerrar em terreno positivo, à conta das tecnológicas, mas o Dow e o S&P 500 caíram no cômputo da semana.

O Dow Jones teve uma valorização de mais de 11% na terça-feira.
Lucas Jackson/Reuters
25 de Setembro de 2020 às 21:12
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O Dow Jones encerrou a somar 1,34% para 27.173,96 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 1,60% para 3.298,46 pontos, depois de terem aberto a sessão no vermelho.

 

Ainda assim, ambos os índices marcaram a quarta queda semanal consecutiva, o que constitui a mais longa série semanal de perdas desde agosto de 2019.

 

Já o tecnológico Nasdaq Composite fechou a subir 2,26% para 10.913,56 pontos.

 

Tecnológicas como a Apple, Amazon, Netflix, Alphabet e Facebook – que são cotadas que costumam ter um desempenho superior à média em períodos de incerteza económica, o que levou até a que muitos investidores provocassem recentemente um sell-off no setor por recearem que estes títulos estivessem demasiado valorizados – sustentaram o Nasdaq na abertura desta sexta-feira e ao longo de todo o dia, e acabaram por conseguir contagiar os restantes índices, se bem que não tenha sido suficiente para que o Dow e o S&P 500 tivessem uma prestação semanal positiva.

A empresa da maçã ganhou mais de 3%, ao passo que a Amazon, Netflix, Alphabet e Facebook registaram avanços superiores a 2%.

 

"Os investidores estão a procurar títulos que conseguem aguentar um crescimento económico mais lento, porque se não obtivermos um novo pacote de estímulos orçamentais não haverá muito mais que se possa fazer para continuar a estimular a recuperação económica", comentou à Reuters um estratega da Pacific Life Fund Advisors, Max Gokhman.

 

Edward Moya, analista de mercado do Oanda, é da mesma opinião. "Os intervenientes de mercado estão a olhar para o longo prazo e acreditam que as tecnológicas devem continuar a ser o seu investimento de eleição", disse à Reuters.

 

Destaque ainda, na sessão de hoje, para os ganhos da Boeing – que foi a cotada que deu o maior impulso ao Dow Jones. A construtora aeronática fechou a somar perto de 7% depois de o principal regulador da aviação na Europa ter dito que os modelos 737 MAX poderão obter aprovação regulatória até ao final do ano para voltarem ao serviço.

 

A certificação destes aviões, envolvidos em dois desastres aéreos, está a ser finalizada e espera-se assim um regresso às operações na Europa até ao final de 2020, informou a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA).

 

Entre as perdas, destaque para a Costco Wholesale, que caiu mais de 1% depois de a cadeia retalhista ter registado, pelo segundo trimestre consecutivo, elevados custos relacionados com o coronavírus.

 

Vários dados macroeconómicos têm pesado no sentimento dos investidores nas últimas semanas, e os receios de que não haja um pacote adicional de estímulos orçamentais, por falta de acordo do Congresso, têm estado a contribuir para a pressão.

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