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Suez afunda 19% após resultados e metas abaixo do previsto
A cotada francesa regista a maior queda diária de sempre depois de ter anunciado que os resultados foram impactados negativamente pela crise na Catalunha.
A francesa Suez, que actua na área de tratamento de resíduos e abastecimento de água, estão em forte queda na bolsa de Paris, depois de ter anunciado os resultados de 2017 e as perspectivas para este ano, que ficaram abaixo do esperado.
As acções seguem a recuar 16,87% para 11,70 euros, tendo já registado uma queda máxima de 19%. Segundo a Bloomberg, trata-se da desvalorização intra-diária mais forte de sempre que atirou as acções para mínimos de Setembro de 2013.
A Suez reviu em baixa as suas metas de resultados para 2017, em parte devido aos custos extra relacionados com as operações na Catalunha, que foram impactadas pela incerteza política na região. O cancelamento de dois contratos de serviços em Marrocos também penaliza as contas do ano passado.
Os analistas já cortaram as recomendações e preços-alvo para a cotada francesa, com o Morgan Stanley a classificar o "profit warnig" de "significativo" e a colocar em causa a capacidade da empresa em entregar crescimento. O Deutsche Bank refere que as metas da empresa ficaram "muito abaixo do esperado" e cortou o preço-alvo de 15 para 11 euros.
De acordo com a Bloomberg, além dos valores de 2017 terem sido revistos em baixa, o EBITDA estimado para este ano está 12,5% abaixo das expectativas do mercado.
A queda da Suez está a penalizar as acções da Engie, que recuam 2,5%. A antiga GDF Suez controla cerca de 32% da Suez.