Notícia
Subida da Galp insuficiente para colocar bolsa na rota dos ganhos europeus
O desempenho negativo da Jerónimo Martins e do BCP impediu o PSI-20 de acompanhar a tendência de alta das praças europeias.
A bolsa nacional fechou pouco alterada num dia positivo nas principais praças europeias, com a subida das acções da Galp Energia a ser anulada pelo desempenho negativo da Jerónimo Martins e do BCP.
Nas bolsas europeias o dia foi de ganhos, com os investidores agradados com o acordo alcançado ontem na noite de segunda-feira, entre Angela Merkel e o seu ministro do Interior, que evita para já uma crise política na maior economia europeia.
Horst Seehofer (CSU), ministro alemão do Interior que no domingo ameaçou demitir-se do governo alemão devido às divergências face à sua parceira de coligação, Angela Merkel (CDU), relativamente à política em matéria de imigração e regras de asilo, anunciou ontem à noite que ambas as partes chegaram a acordo. A incerteza sobre o futuro da coligação governamental tinha provocado perdas acentuadas na primeira sessão da semana nas bolsas europeias.
O PSI-20, que chegou oscilou entre ganhos e perdas durante a sessão, fechou o dia a ceder 0,01% para 5.487,72 pontos, com cinco cotadas em alta, dez em queda e três sem variação.
A Galp Energia foi a cotada que mais travou a queda do PSI-20, com as acções a valorizarem 1,51% para 16,455 euros. A Amorim Energia, segundo o Eco, investiu 400 milhões de euros no reembolso de obrigações convertíveis em acções da Galp, numa operação que permitiu à companhia liderada por Paula Amorim manter a posição accionista na petrolífera portuguesa.
Foi o sector energético que mais impulsionou o índice, com a EDP a valorizar 0,29% para 3,42 euros e a EDP Renováveis a subir 0,84% para 8,99 euros, muito próximo do máximo histórico que foi atingido na véspera nos 9 euros, uma cotação que se encontra já 23% acima do preço da OPA da China Three Gorges.
As acções da REN fecharam estáveis nos 2,434 euros, depois de ontem a empresa ter anunciado que vendeu o negócio de GPL à Energyco e que a ERSE aprovou o seu plano de investimentos.
A pressionar a bolsa portuguesa esteve sobretudo a Jerónimo Martins, que perdeu 0,62% para 11,96 euros tendo ao longo da sessão fixado um novo mínimo de Fevereiro de 2016. O BCP prolongou a tendência negativa das últimas sessões, com uma queda de 0,31% para 0,2534 euros.
A maior queda da sessão foi protagonizada pela Mota-Engil, que cedeu 2,24% para 2,835 euros, depois da na véspera ter beneficiado com os contratos celebrados no Uganda.