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Sonae Capital terá regressado a lucros pela primeira vez em cinco anos

Vendas da Norscut e de terrenos em Troia terão levado a empresa a resultado líquido positivo pela primeira vez desde 2011, estima o Caixa BI, que deixa em aberto a possibilidade de pagamento de dividendos.

A empresa liderada por Cláudia Azevedo propõe distribuir um dividendo ilíquido de 0,10 euros por acção, o que equivale a quase 12% da cotação actual. A Sonae Capital vai distribuir mais dinheiro aos accionistas do que o lucro obtido em 2016, que foi de 18,7 milhões. Os accionistas vão receber 25 milhões de euros.
20 de Fevereiro de 2017 às 18:56
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A Sonae Capital deverá ter encerrado o ano de 2016 com lucros de 12,2 milhões de euros, apresentando resultados positivos pela primeira vez desde 2011 graças à venda de activos e apesar da queda de 2,6% nas vendas.

A estimativa é do CaixaBI, que espera que a alienação da Norscut no início do ano e o eventual encaixe que já se tenha realizado com a venda de dois terrenos em Troia tenham contribuído para levar as contas de novo a terreno positivo. Em 2015, a companhia tinha tido prejuízos de 300 mil euros, depois de dois anos de redução de resultados negativos.

Numa nota distribuída esta segunda-feira, 20 de Fevereiro, assinada pelo analista José Mota Freitas e a que o Negócios teve acesso, a unidade de investimento da CGD aponta que a venda de terrenos anunciada em Novembro possa permitir um encaixe de cerca de 50 milhões de euros.

Este valor deverá juntar-se aos 42 milhões de euros que terão resultado da venda, anunciada em Abril passado, de uma participação indirecta de 36% na concessionária da antiga Scut do Interior Norte.



A empresa liderada por Cláudia Azevedo (na foto), que apresenta resultados na próxima sexta-feira, dia 24  de Fevereiro, antes da abertura dos mercados, terá encerrado o ano pelas contas do CaixaBI com um recuo de 5% no volume de negócios, para os 176,9 milhões de euros.

As vendas da dona do Troia Resort, do hotel Porto Palácio ou dos ginásios Solinca terão cedido 2,6% para 179,1 milhões de euros, com as áreas de hotéis e fitness a compensarem parcialmente as quedas nos negócios de resorts e de energia.

"Os resultados de 2016 da Sonae Capital serão provavelmente dominados pelo impacto de vendas de activos nos seus lucros e nos balanços, ofuscando o desempenho operacional. Não obstante, as tendências operacionais que afectam os negócios de resorts e energia devem perdurar. Considerando a venda de activos que ocorreu durante o ano, há espaço para que a Sonae Capital anuncie a proposta de um pagamento de dividendos, embora isso não esteja incluído nas nossas previsões actuais," refere a nota.

O CaixaBI mantém inalterados a recomendação ("neutral"), bem como o preço-alvo (0,65 euros), que atribui um potencial de queda de cerca de 7% em relação à cotação de fecho da sessão desta segunda-feira: 0,698 euros por acção, tendo encerrado a subir 0,29%.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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