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Riscos comerciais e geopolíticos assustam investidores. HP e Celgene afundam

Os principais índices bolsistas dos EUA encerraram em baixa, num contexto de crescente preocupação em torno dos riscos comerciais e geopolíticos, o que ofuscou a boa notícia de que a economia norte-americana desacelerou menos do que o previsto no último trimestre.

28 de Fevereiro de 2019 às 21:27
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O Dow Jones fechou a ceder 0,27% para 25.916,00 pontos e o Standard & Poor’s 500 deslizou 0,28% para 2.784,49 pontos.

 

Já o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,29%, para 7.532,53 pontos.

 

Depois de disparar 18% entre o Natal e meados de fevereiro, o S&P 500 tem estado a marcar passo nas últimas sete sessões.

 

O otimismo em torno das negociações entre a China e os Estados Unidos diminuiu já ontem, quando o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, afirmou que, para ser fechado um acordo, a China tem que oferecer mais do que promessas de aumentar as compras de bens norte-americanos.

 

Lighthizer reclamou "mudanças estruturais significativas" nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, levando o mercado a interpretar que as conversações que estão a decorrer entre Washington e Pequim podem, afinal, não estar a correr tão bem como se antecipava.

 

Hoje continuou a não haver novidades nesta frente, o que deixou os investidores receosos – a que acresceu o final abrupto da cimeira EUA-Coreia do Norte.

 

Os riscos comerciais e geopolíticos estiveram assim a ofuscar a boa notícia de que a economia norte-americana abrandou menos do que se esperava no quarto trimestre de 2018. O PIB registou uma subida de 2,6% entre outubro e dezembro, em ritmo anualizado, quando os analistas apontavam para 2,2%.

 

No conjunto do ano, a economia dos EUA cresceu 2,9%, próximo dos 3% definidos como meta pela administração Trump.

 

Dos 11 grandes setores representados no S&P 500, o que caiu mais foi o das matérias-primas, seguindo-se o da energia.

 

No setor dos cuidados de saúde, a Celgene Copr mergulhou 8,65% depois de o investidor ativista Starboard Value LP ter anunciado que vai votar contra a proposta de aquisição desta biotecnológica por parte da farmacêutica Bristol-Myers Squibb por 74 mil milhões de dólares.

 

A Booking Holdings afundou 10,5% depois de ter falhado as expectativas para os lucros trimestrais, tendo sido das que mais pressionou o S&P 500 e o Nasdaq.

 

A penalizar bastante esteve também a HP, que afundou 17,27% no fecho, depois de ter chegado a perder perto de 19%, castigada pelo anúncio de receitas abaixo das projeções do consenso de mercado.

 

Em contrapartida, a Monster Beverage foi das que mais ajudou a travar as perdas do S&P, ao escalar 8,67% após superar as estimativas para as suas receitas e lucros trimestrais.

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