O PSI-20 está já há mais de meio ano com menos cotadas do que aquelas que o próprio nome indica: em vez de 20 tem apenas 18. E assim vai continuar. Na revisão anual do índice de referência da bolsa portuguesa revelada esta terça-feira, 3 de Março, a gestora do mercado de capitais nacional, a Euronext Lisboa, decidiu não excluir ninguém, mas também não incluir ninguém. 

Em comunicado, a gestora do mercado português refere que "não há alterações" na composição do principal índice da bolsa nacional. Ninguém entre, mas também ninguém sai, mantendo-se com as 18 cotadas que o integram actualmente. O PSI-20 perdeu o BES no âmbito da resolução da instituição, sendo que já antes tinha excluído o ESFG.

Desde o início de Agosto que o mercado nacional conta apenas com 18 empresas, o número mínimo de constituintes previstos nas regras do índice. Mas mesmo para garantir as 18, terá havido uma decisão do Comité do PSI-20, entidade composta por pessoas independentes, que actua enquanto supervisor do índice, nesse sentido.

Recentemente, o Negócios fez as contas para apurar quem poderia figurar no índice. Considerando a percentagem de capital disperso, o quociente entre o número de acções negociado e o de acções dispersas (conhecido como o "trading velocity") e a capitalização bolsista efectivamente dispersa de 100 milhões de euros, só havia 17 que cumpriam todas as exigências do índice.

A Impresa, que já fazia parte do índice, arriscava-se a não entrar nas contas para a nova composição do PSI-20. É que apesar de cumprir com os dois primeiros critérios, falha no do valor de mercado (considerando o capital disperso) com apenas 54 milhões de euros, segundo os dados obtidos através da Bloomberg. Contudo, o Comité terá tido a última palavra, assegurando as 18 cotadas.

(Notícia actualizada às 17h25 com mais informação)