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Pesos pesados ditam queda de 1% da bolsa nacional
A bolsa nacional acompanha a tendência negativa das principais praças europeias, pressionada pelo BCP, BPI, EDP e Galp Energia. O banco liderado por Fernando Ulrich já perde quase 3%.
A bolsa nacional, que iniciou a sessão em terreno positivo, inverteu a tendência, seguindo agora com perdas superiores a 1%, ditadas pelos pesos pesados, como o BPI, BCP, EDP, Galp Energia e Jerónimo Martins. O PSI-20 desliza 1,02% para 5.570,02 pontos, com 13 cotadas em queda e cinco em alta.
Lisboa acompanha a tendência negativa das principais praças europeias, que descem pela terceira sessão consecutiva, numa altura em que os investidores aguardam pela reunião do Banco Central Europeu (BCE), agendada para amanhã. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cai 0,13%.
Na bolsa nacional, uma das cotadas que mais pressiona é o BPI, que perde 2,83% para 1,441 euros, depois dos ganhos superiores a 9% registados na sessão de ontem.
Esta quarta-feira, a administração do banco estará reunida para avaliar a OPA sobre o BPI lançada no passado dia 17 de Fevereiro pelos espanhóis do CaixaBank. Como escreve o Negócios na edição de hoje, neste encontro será ainda abordado o convite para avaliar a integração do banco com o rival BCP endereçado por Isabel dos Santos.
Não restam dúvidas de que o conselho, liderado por Artur Santos Silva e Fernando Ulrich, vai considerar baixo o preço de 1,329 euros oferecido pelo CaixaBank. Falta saber se aproveitará para decidir se a administração do BPI está "disponível para analisar" a proposta de fusão.
Ainda na banca, o BCP desvaloriza 1,64% para 8,4 cêntimos e o Banif cai 1,49% para 0,66 cêntimos.
A pressionar o principal índice da bolsa nacional estão ainda os pesos pesados da energia: EDP e Galp Energia. A elétrica recua 1,75% para 3,43 euros depois de ter revelado, na terça-feira, os resultados referentes a 2014. Os lucros subiram 4% para 1.040 milhões de euros, valor que superou os 1.020 milhões antecipados pelos analistas.
Apesar da melhoria dos lucros, a EDP registou uma quebra de 2% da margem bruta para 5,37 mil milhões de euros, enquanto os custos operacionais diminuíram 7% para 1,72 mil milhões de euros.
O CaixaBI escreve esta quarta-feira na sua nota de análise diária que a EDP "apresentou um conjunto de resultados neutrais, sem surpresas". "Os resultados foram principalmente afectados por alterações regulatórias na Ibéria e pela seca no Brasil. Estes impactos negativos foram em parte compensados por efeitos não recorrentes (mais-valias com a venda de participações e novo acordo colectivo de trabalho em Portugal) e beneficiaram de um novo enquadramento contabilístico no Brasil", explica a analista Helena Barbosa.
Já a Galp Energia desvaloriza 1,34% para 9,93 euros, acompanhando a descida do petróleo nos mercados internacionais. Ainda no mesmo sector, a EDP Renováveis desliza 1,18% para 5,961 euros.
No retalho, a tendência é igualmente negativa, com destaque para a Jerónimo Martins, que perde 0,99% para 10,525 euros. A Sonae desliza 0,41% para 1,227 euros.