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Retalho cai mais de 1% e penaliza bolsa nacional

A bolsa nacional fechou em queda, penalizada pela desvalorização do sector do retalho, num dia pouco definido entre as congéneres europeias.

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06 de Novembro de 2018 às 16:47
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A bolsa nacional fechou o dia em queda, numa sessão em que a Jerónimo Martins e a Sonae SGPS desceram mais de 1%. O PSI-20 recuou 0,20% para 4.977,68 pontos, com 11 cotadas em queda, seis em alta e uma inalterada. 

Entre as congéneres europeias a tendência não é definida, com os investidores a preferirem cautela num dia que está a ser marcado pelas eleições intercalares dos EUA.

 

A Reuters realça que a incerteza sobre as eleições intercalares é compreensível, uma vez que o S&P500 valorizou 25% desde Novembro de 2016, quando Donald Trump venceu as eleições para a Casa Branca. Nos últimos 64 anos não se verificou uma subida tão acentuada no comando de um presidente americano.

 

Se os Republicanos ficarem com a maioria na Câmara dos Representantes, é provável que as acções subam com a esperança de que sejam introduzidos mais cortes de impostos, mas se os Democratas ficarem com a Câmara e o Senado pode haver um "sell-off" acentuado, salienta a Reuters.


A atenuar a pressão sobre as bolsas está a expectativa de que seja alcançado um acordo comercial entre os EUA e a China. O vice-presidente da China, Wang Qishan, afirmou que Pequim está preparada para encetar negociações e trabalhar com os EUA para resolver as disputas comerciais. A Reuters adianta que altos representantes das duas maiores economias do mundo deverão encontrar-se, em Washington, esta sexta-feira, 9 de Novembro.

Na bolsa nacional, foi o retalho que mais pesou, com a Sonae SGPS a cair 1,38% para 0,8605 euros e a Jerónimo Martins a perder 1,16% para 10,675 euros.

  

Do lado oposto esteve o BCP, ao valorizar 0,53% para 0,2446 euros, completando sete dias consecutivos de ganhos, o que representa o maior ciclo de subidas desde Julho. O banco liderado por Miguel Maya viu ontem aprovada uma alteração que abre a porta ao pagamento de dividendos, algo que só será confirmado no próximo ano, quando o BCP apresentar os seus resultados de 2018 e o conselho de administração decidir o que vai e o que pode fazer com os lucros obtidos.

 

A contribuir para os ganhos recentes está também o facto de a unidade polaca, Bank Millenium, ter comprado o Eurobank por 428 milhões de euros.

 

O banco tem beneficiado ainda da expectativa de aumento dos lucros no terceiro trimestre. O BPI estima que lucros do BCP tenham mais do que duplicado para 93 milhões de euros nos três meses até Setembro. Os números serão conhecidos na próxima quinta-feira, 8 de Novembro.

 

Na energia, a Galp recuou 0,1% para 15,00 euros, numa sessão marcada pela desvalorização do petróleo. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a ceder mais de 2% para 71,66 dólares, a aliviar da pressão provocada pelas novas sanções americanas ao Irão, isto depois de os EUA terem dado permissão a oito Estados para continuarem a comprar crude iraniano. Estas excepções às restrições são temporárias e incluem a China, Itália, Índia, Grécia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia. 

 

Já a EDP subiu 0,61% para 3,115 euros enquanto a EDP Renováveis recuou 0,89% para 7,82 euros, a um dia de serem conhecidos os resultados dos primeiros nove meses do ano da empresa liderada por João Manso Neto.

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