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Resultados e dúvidas sobre plano fiscal levam Wall Street à maior queda em sete semanas
Depois dos recordes das últimas sessões, as bolsas norte-americanas perderam terreno, pressionadas pelos resultados desfavoráveis que foram reportados por diversas cotadas.
As bolsas norte-americanas fecharam em terreno negativo, aliviando dos máximos históricos atingidos nas últimas sessões, com os investidores focados nos resultados das empresas e nos desenvolvimentos sobre o plano fiscal de Trump.
O Dow Jones caiu 0,48% para 23.329,46 pontos e o Nasdaq cedeu 0,52% para 6.563,89 pontos. O S&P500 desvalorizou 0,47% para 2.557,15 pontos, sendo que apesar de a queda não ser de grande dimensão, foi a mais acentuada das últimas sete semanas (em 5 de Setembro caiu 0,76%).
Se os máximos históricos das últimas sessões têm sido sustentados pelos resultados positivos das empresas, hoje foram os números abaixo do esperado que motivaram o dia negativo em Wall Street.
A Chipotle Mexican Grill recuou 14,62% para 277,01 dólares, depois de a cadeia de comida mexicana ter apresentado números relativos às vendas e aos lucros que desapontaram os analistas.
Também a Advanced Micro Devices (AMD) perdeu 13,47% para 12,33 dólares, depois da fabricante de chips ter apresentado a primeira quebra de receitas em sete trimestres. Ainda em reacção a resultados que não agradaram aos investidores, a AT&T desvalorizou 3,99%.
Apesar dos resultados entretanto reportados, a agência Reuters sublinha que até ao momento esta época de apresentação de dados financeiros das empresas tem sido predominantemente positiva. Mais de 70% das cotadas do S&P 500 que já divulgaram os números do terceiro trimestre de 2017 obtiveram lucros que superaram as estimativas.
Também a centrar as atenções dos investidores estão dois outros temas, o nome que será escolhido pela administração norte-americana para suceder a Janet Yellen na presidência da Reserva Federal dos Estados Unidos e ainda o plano de corte de impostos prometido pelo presidente Donald Trump.
No que diz respeito ao plano fiscal, aumentou o cepticismo sobre a sua implementação, depois de dois senadores republicanos terem criticado directamente Donald Trump e a forma como pretende implementar as alterações aos impostos dos Estados Unidos. Uma notícia do Wall Street Journal sobre esta matéria, que contradiz declarações do presidente dos Estados Unidos, também ajudou a aumentar a desconfiança dos investidores com o plano fiscal.