Notícia
Renovar de tensões na Península da Coreia pressiona Wall Street
As principais bolsas norte-americanas encerraram em terreno misto, com o renovar de tensões na Península da Coreia a levar à procura de valores-refúgio e a ofuscar os novos sinais de fortalecimento da maior economia do mundo.
O Standard & Poor’s 500 encerrou a ceder 0,11% para 2.549,33 pontos, depois de ontem ter estabelecido um novo máximo histórico nos 2.552,51 pontos. Tratou-se do primeiro fecho no vermelho, depois de oito sessões consecutivas em alta – naquela que foi a mais longa série de ganhos dos últimos quatro anos.
O Dow Jones, por seu lado, fechou a resvalar 0,01% para 22.773,36 pontos, após um recorde nos 22.777,04 pontos na véspera.
O tecnológico Nasdaq Composite, em contrapartida, conseguiu terminar no verde, com um ganho ligeiro de 0,07% para 6.590,18 pontos - que foi também um novo máximo histórico.
A divulgação de novos dados económicos, que deram sinais positivos sobre a economia norte-americana, esteve ontem a sustentar Wall Street, mas hoje o renovar de tensões em torno da Coreia do Norte ofuscou grande parte desse optimismo.
A contribuir para os receios esteve a especulação de que Pyongyang pode testar mais um míssil, numa altura em que o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a criticar o regime de Kim Jong-Un.
Os investidores, em vésperas de fim-de-semana, preferiram proteger-se procurando os chamados activos-refúgio, como o ouro e o iene.
Ontem, o Departamento norte-americano do Comércio anunciou que o défice comercial dos EUA desceu 2,7% para 42,4 mil milhões de dólares e foi também revelado que os novos pedidos de subsídio de desemprego baixaram em 12 mil para 260 mil – uma vez que o impacto no emprego decorrente dos furacões Harvey e Irma começa a desvanecer-se.
Hoje, os novos dados sobre o mercado laboral apontaram a primeira queda nas contratações desde 2010, mas revelaram também um aumento dos salários, o que intensificou a convicção de que haverá nova subida de juros ainda este ano por parte da Fed – sendo a data mais apontada a de 13 de Dezembro, aquando da última reunião do banco central este ano.