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Receios em torno da administração Trump ditam abertura negativa de Wall Street

Donald Trump terá despedido James B. Comey da direcção do FBI por este se recusar a fechar a investigação ao ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn. O que levantou receios de uma possível ingerência do presidente numa investigação federal. As bolsas norte-americanas abriram no vermelho.

Reuters
17 de Maio de 2017 às 14:40
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As principais bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta quarta-feira, 17 de Maio, em queda depois de terem surgido notícias que sugerem que Donald Trump terá despedido James B. Comey da direcção do FBI por este se recusar a fechar a investigação ao ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn. De acordo com a Reuters, estas notícias causaram alarme no Capitólio e levantou a questão se o presidente norte-americano interferiu com uma investigação federal.

 

Além disso, estas notícias, temem os investidores, podem atrasar a implementação de medidas económicas, delineadas na campanha por Trump, como é o caso da reforma fiscal e a regulação bancária, o que está a penalizar as bolsas.

 

O Dow Jones desce 0,88% para 20.794,54 pontos, o Nasdaq recua 0,97% para 6.109,848 pontos e o S&P500 desvaloriza 0,8% para os 2.381,22 pontos.

 

"Os investidores em acções começam a manifestar receios sobre a situação política doméstica, que provavelmente não vão desaparecer rapidamente", disse Peter Cardillo da First Standard Financial, numa nota citada pela Reuters.

"Os mercados de acções têm ignorado o ruído de fora de Washington. Contudo, pensamos que a situação provavelmente vai mudar na medida em que esta crise leva a uma interrupção da agenda pró-crescimento da Casa Branca", acrescentou.

Na banca norte-americana, o JPMorgan Chase ganha 0,31% para 87,61 dólares e o Goldman Sachs cresce 0,21% para 225,60 dólares.

Já nas tecnologicas, o sentimento é diferente. A Microsoft desce 0,63% para 68.97 dólares, isto depois do ataque cibernético da última sexta-feira. No fim-
de-semana a empresa apontou que a responsabilidade pela vulnerabilidade dos sistemas atacados pertencia aos governos por não terem os software actualizados, foi esta terça-feira, 16 de Maio, foi mais longe e apontou o dedo às autoridades norte-americanas. Mais concretamente à Agência de Segurança Nacional (NSA na sigla em inglês).


Brad Smith, presidente da Microsoft, citado pela Bloomberg, acusou a NSA por desenvolver práticas de "hacking" para que sejam usadas contra inimigos dos EUA. O problema é que quando essas vulnerabilidades são tornadas públicas, podem ser usadas por outros.

A Apple desce 0,79% esta quarta-feira para 154,24 dólares.

(Notícia actualizada às 14:48)

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