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Queda do petróleo reduz ganhos da bolsa nacional

O PSI-20 colocou fim a uma série de quatro sessões negativas, mas fechou com ganhos bem inferiores aos registados a meio da sessão. É que as bolsas europeias estão em queda depois do petróleo ter invertido para o vermelho.

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12 de Maio de 2016 às 16:45
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A correlação entre a cotação do petróleo e das acções tem sido cada vez maior nas últimas semanas e a sessão de hoje na Europa é disso um bom exemplo. As praças europeias evoluíram ao ritmo da matéria-prima e, com o petróleo a inverter para terreno negativo, acabaram por fechar em queda.

 

Uma evolução que também afectou a praça portuguesa, que a meio da sessão chegou a ganhar mais de 1,5%, para fechar o dia com uma valorização bem mais modesta.

 

O PSI-20 encerrou esta quinta-feira a ganhar 0,38% para 4.899,01 pontos, com nove cotadas em alta, oito em queda e uma sem variação. Ainda assim conseguiu colocar um ponto final na série de quatro sessões de queda, recuperando do mínimo de um mês que fixou na véspera.

 

A meio da sessão o barril de petróleo chegou a subir mais de 1% e a negociar acima dos 48 dólares, depois da Agência Internacional de Energia (AIE) ter perspectivado um maior equilíbrio entre procura e oferta da matéria-prima.

Contudo, no fecho das bolsas europeias o Brent em Londres já descia 1,2%, o que acabou por penalizar os mercados accionistas, numa altura em que os investidores continuam a demonstrar preocupações com os sinais de abrandamento da economia global e com os resultados decepcionantes de algumas cotadas. O Stoxx 600 caiu 0,5% e a maioria dos índices nacionais fechou em queda.

 

Ainda assim, apesar de longe dos máximos da sessão, a Galp Energia foi das cotadas que mais impulsionaram o PSI-20. A petrolífera fechou a subir 1,19% para 11,92 euros. Ainda no sector energético, a EDP ganhou 0,9% para 3,14 euros.

A contribuir para os ganhos do PSI-20 esteve também o sector financeiro, com o BCP a fechar com uma valorização de 1,25% para 0,0324 euros, e o BPI a ganhar 1% para 1,112 euros, em linha com o preço da OPA do CaixaBank (1,113 euros).

 

valorização do BCP acontece depois de um período de quedas acentuadas. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado acumularam uma queda de 18,34% nas últimas sete sessões, recuando em cada uma delas depois de ter anunciado a 2 de Maio uma quebra nos resultados líquidos do primeiro trimestre.


Também em destaque pela positiva esteve os CTT, que valorizaram 0,24% para 8,01 euros depois de ontem a cotada ter anunciado que os resultados líquidos desceram 7% para 20,7 milhões de euros. Os analistas aprovaram os números. O BPI e o Haitong previam uma quebra dos resultados para cerca de 17 milhões de euros, enquanto o CaixaBI estimava um lucro de 16,6 milhões.

 

Nota ainda para a Sonae SGPS, que apresenta os números do trimestre depois do fecho desta sessão. As acções da companhia liderada por Paulo Azevedo avançaram 0,86% para 0,937 euros.

 

A Mota-Engil ganhou 0,17% para 1,78 euros depois de ontem o "chairman" da empresa ter afirmado que a México vai ter um forte peso na actividade da construtora este ano.

 

No lado das quedas destaque para a Pharol, que cedeu 2,92% para 0,133 euros depois da Oi ter anunciado que os prejuízos no primeiro trimestre mais do que triplicaram.

(notícia actualizada às 16:50 com mais informação)

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