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Queda do petróleo reduz ganhos da bolsa nacional
O PSI-20 colocou fim a uma série de quatro sessões negativas, mas fechou com ganhos bem inferiores aos registados a meio da sessão. É que as bolsas europeias estão em queda depois do petróleo ter invertido para o vermelho.
A correlação entre a cotação do petróleo e das acções tem sido cada vez maior nas últimas semanas e a sessão de hoje na Europa é disso um bom exemplo. As praças europeias evoluíram ao ritmo da matéria-prima e, com o petróleo a inverter para terreno negativo, acabaram por fechar em queda.
Uma evolução que também afectou a praça portuguesa, que a meio da sessão chegou a ganhar mais de 1,5%, para fechar o dia com uma valorização bem mais modesta.
O PSI-20 encerrou esta quinta-feira a ganhar 0,38% para 4.899,01 pontos, com nove cotadas em alta, oito em queda e uma sem variação. Ainda assim conseguiu colocar um ponto final na série de quatro sessões de queda, recuperando do mínimo de um mês que fixou na véspera.
A meio da sessão o barril de petróleo chegou a subir mais de 1% e a negociar acima dos 48 dólares, depois da Agência Internacional de Energia (AIE) ter perspectivado um maior equilíbrio entre procura e oferta da matéria-prima.
Contudo, no fecho das bolsas europeias o Brent em Londres já descia 1,2%, o que acabou por penalizar os mercados accionistas, numa altura em que os investidores continuam a demonstrar preocupações com os sinais de abrandamento da economia global e com os resultados decepcionantes de algumas cotadas. O Stoxx 600 caiu 0,5% e a maioria dos índices nacionais fechou em queda.
Ainda assim, apesar de longe dos máximos da sessão, a Galp Energia foi das cotadas que mais impulsionaram o PSI-20. A petrolífera fechou a subir 1,19% para 11,92 euros. Ainda no sector energético, a EDP ganhou 0,9% para 3,14 euros.
A contribuir para os ganhos do PSI-20 esteve também o sector financeiro, com o BCP a fechar com uma valorização de 1,25% para 0,0324 euros, e o BPI a ganhar 1% para 1,112 euros, em linha com o preço da OPA do CaixaBank (1,113 euros).
A valorização do BCP acontece depois de um período de quedas acentuadas. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado acumularam uma queda de 18,34% nas últimas sete sessões, recuando em cada uma delas depois de ter anunciado a 2 de Maio uma quebra nos resultados líquidos do primeiro trimestre.
Também em destaque pela positiva esteve os CTT, que valorizaram 0,24% para 8,01 euros depois de ontem a cotada ter anunciado que os resultados líquidos desceram 7% para 20,7 milhões de euros. Os analistas aprovaram os números. O BPI e o Haitong previam uma quebra dos resultados para cerca de 17 milhões de euros, enquanto o CaixaBI estimava um lucro de 16,6 milhões.
Nota ainda para a Sonae SGPS, que apresenta os números do trimestre depois do fecho desta sessão. As acções da companhia liderada por Paulo Azevedo avançaram 0,86% para 0,937 euros.
A Mota-Engil ganhou 0,17% para 1,78 euros depois de ontem o "chairman" da empresa ter afirmado que a México vai ter um forte peso na actividade da construtora este ano.
No lado das quedas destaque para a Pharol, que cedeu 2,92% para 0,133 euros depois da Oi ter anunciado que os prejuízos no primeiro trimestre mais do que triplicaram.
(notícia actualizada às 16:50 com mais informação)