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PT pressiona Euronext Lisbon; PSI20 recua 0,24% e contraria Europa (act)
A Bolsa nacional fechou em contraciclo com as principais praças europeias, pressionada pela quebra da PT, que atingiu o mínimo desde Março. A quebra de 0,24% do PSI-20, que fechou abaixo dos 5.88 pontos, foi limitada pela valorização do BPI e Brisa.
Os mercados europeus fecharam com ganhos, beneficiando do optimismo quanto ao aceleramento do crescimento da economia norte-americana. Os analistas defendem que a retoma nos Estados Unidos permitirá uma melhoria dos resultados na Europa por via do aumento das exportações.
As bolsas beneficiaram ainda dos dados revelados pelo instituto Ifo. O índice que mede a confiança dos empresários alemães subiu em Julho pelo terceiro mês consecutivo, sinalizando a recuperação da maior economia europeia. No entanto, a subida de 88,8 pontos para 89,2 pontos foi inferior ao esperado pelo consenso dos economistas, ou seja, 89,5 pontos.
O PSI20 [PSI20] voltou a cotar abaixo dos 5.800 pontos, ao fechar nos 5.793,99 pontos, com seis acções a valorizarem, 10 em queda e as restantes quatro inalteradas.
A Portugal Telecom [PTC] liderou o contributo negativo para o índice ao recuar 1,31% para 6,04 euros. As acções da operadora incumbente chegaram a tocar nos 9,02 euros, a cotação mais baixa desde Março de 2003. A «joint-venture» brasileira com a Telefónica Móviles divulgou perdas de 262,2 milhões de reais, mais do que o dobro do esperado pelos analistas devido à cotação inferior do real quando comparada com igual período do ano passado. O Vivo começa a sentir os efeitos do aumento da concorrência, referiu o Santander Central Hispano na sua nota diária.
A Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] perdeu 0,5% para 1,99 euros. Depois das duas sessões consecutivas de ganhos no final da semana passada, alguns investidores aproveitavam para realizar mais valias.
A Brisa [BRISA] avançou 0,84% para 4,90 euros, sendo a principal responsável pelo atenuamento das perdas.
O Banco BPI (BPI) [BPIN] ajudou a limitar a quebra do o índice ao avançar 0,84% para 2,40 euros. Segundo uma «poll» do Negocios.pt, os analistas antecipam resultados semestrais no intervalo entre 68,2 e 77,77 milhões de euros, contra 70,7 milhões no período homólogo do ano anterior, com uma melhoria dos ganhos de «trading».
O Banco Comercial Português fechou inalterado nos 1,47 euros, depois de ter estado tanto a perder como a ganhar durante a sessão. O banco liderado por Jardim Gonçalves divulgou resultados superiores ao previsto durante a semana passada.
O Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] registou igual comportamento, fechando nos 12,85 euros
A SonaeCom [SNC], que divulga resultados amanhã antes da abertura da sessão, ficou inalterada nos 1,99 euros. Os departamentos de «research» do BPI e da Espírito Santo Research estimam uma redução dos prejuízos no primeiro trimestre para um intervalo de 6,7 a 12,4 milhões de euros. As receitas da empresa deveram rondar 400 milhões de euros e o EBITDA terá duplicado.
A Impresa aganhou 0,41% para 2,47 euros. O aumento de capital de 20 milhões de euros, deve ser feito ao valor médio de mercado, avançou hoje o Jornal de Negócios. A cotação média da Impresa nos últimos seis meses ronda os dois euros e, segundo alguns analistas, os principais accionistas deverão acompanhar o aumento de capital.
A empresa de media prevê uma melhoria dos resultados no segundo trimestre com a recuperação do mercado publicitário. O investimento em publicidade registou um aumento de 1,6% no primeiro semestre, segundo os dados do Observatório da Comunicação (Obercom).
Diogo Simão