A Europa continua o dia de hoje, quarta-feira, em terreno negativo, pressionada pela revisão em baixa por parte do FMI do crescimento da China, pela suspeita por parte dos investidores de que a Fed vai reduzir a compra de obrigações, e pelos dados do desemprego na Alemanha, cujos números foram quatro vezes acima do previsto.

As bolsas europeias, que já registavam uma queda de 0,5% no início do dia, estão agora a cair 0,92%, depois do lançamento dos dados do desemprego na Alemanha, em que era previsto pelos analistas que o número de desempregados aumentasse em 5.000, tendo, na realidade, chegado aos 21.000, para 2,96 milhões, de acordo com a Agência Federal de Trabalho alemã.

O PSI-20 recua 0,41% para 6.078,31 pontos, com 14 cotadas em baixa, três em alta e as restantes três inalteradas.

A Portugal Telecom é a principal responsável pela descida do índice português, com uma queda de 1,87% para 3,563 euros, depois da Berenberg, de acordo com a Bloomberg, ter cortado a recomendação da operadora de “comprar” para “manter”. No resto do sector a Zon cai 0,74% para 3,50 euros e a Sonaecom desce 0,66% 1,659 euros.

Na banca, o BES e o BPI estão a pressionar o índice, com quedas de 0,37% e 1,18% para 0,802 euros e 1,092 euros, respectivamente, depois do Banco de Portugal ter revelado que o sector vai continuar sob pressão devido à recessão da economia, tendo que continuar a reconhecer perdas devido ao aumento do crédito malparado. O BCP e o Banif negoceiam inalterados nos 0,106 euros e nos 0,111 euros, respectivamente.

Ainda a pressionar o índice estão também a Jerónimo Martins e a EDP, com quedas de 0,36% e 0,20% para 16,84 euros e 2,536 euros, respectivamente.

No sentido contrário, e a impedirem um maior afundamento da bolsa nacional estão a EDP Renováveis, que aprecia 0,50% para 4,207 euros e a Sonae Indústria, que sobe 1,11% para 0,547 euros. Destaque ainda para a Cofina, dona do Jornal de Negócios, que avança 1,43% para 0,498 euros.