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PT e energia arrastam PSI-20 para terreno negativo
A bolsa nacional negoceia em terreno negativo, acompanhando a tendência das principais pares europeias. O abrandamento inesperado da produção industrial na China, em Fevereiro e a entrada em vigor dos cortes automáticos de 85 mil milhões de dólares na despesa nos EUA estão a pressionar as principais bolsas europeias.
O PSI-20, principal índice bolsista português, recua 0,18% para 5977,18 pontos com 12 cotadas em queda, cinco em alta e duas inalteradas e acompanha a tónica negativa dos congéneres europeus. O índice bolsista de referência para o Velho Continente perde 0,28% para 289,12 pontos, pressionado pelo abrandamento inesperado do índice que mede a produção industrial da China, em Fevereiro, para 50,1 pontos.
Nos EUA, deverão entrar em vigor esta sexta-feira cortes automáticos na despesa que chegarão aos 85 mil milhões de dólares (perto de 64 mil milhões de euros) este ano fiscal. A redução total prevista deverá atingir 1,2 biliões de dólares no prazo de nove anos.
A PT é a cotada que mais pressiona a praça lisboeta ao perder 0,93% para 3,843 euros, apesar de na última quinta-feira os analistas do Berstein Research terem elogiado a estratégia da cotada liderada por Zeinal Bava. Os analistas acreditam que a PT reforçará a posição no mercado interno, trazendo resultados no longo prazo. Zon e Sonaecom, que negoceiam no mesmo sector, contrariam a tendência e somam 0,06% e 0,07% para 3,442 e 1,521, respectivamente.
O sector da energia está também a penalizar o PSI-20. A casa-mãe EDP recua 0,44% para 2,288 euros e a EDP Renováveis cede 1,07% para 3,898 euros. Numa nota de análise datada de quarta-feira, o BPI divulgou que cortou o preço-alvo da cotada liderada por Manso Neto de 5,50 euros para 5,30 euros, mantendo a recomendação de “comprar”. A petrolífera Galp Energia mantém-se inalterada nos 11,82 euros.
Na banca, o BES é o título que mais pressiona ao perder 1,19% para 0,91 euros, seguindo-se o BCP que desce 0,92% para 0,108 euros, por acção. O BPI acompanha a tendência do sector e cede 1,04% para 1,233 euros. Já o Banif somou 0,75% para 0,134 euros. A holding que detém o BES ainda não negociou na sessão desta sexta-feira tendo encerrado na última sessão nos 5,16 euros por acção.
A travar maiores quedas, nesta sessão, está a Jerónimo Martins que avança 1,57% para 15,505 euros, depois do BPI ter elevado o preço-alvo da empresa de 16,30 euros para 18,65 euros. Já rival Sonae perde 0,56% para 0,706 euros.