A bolsa nacional completou esta sexta-feira, 11 de Setembro, a oitava semana consecutiva de perdas, a mais longa série de desvalorizações semanais dos últimos sete anos.
Nas últimas cinco sessões, o PSI-20 valorizou apenas em duas, tendo fechado a semana com uma perda acumulada de 0,70%. Em duas das últimas oito semanas, a desvalorização acumulada superou os 4%.
Na Europa, o índice de referência que reúne as 600 maiores empresas do Velho Continente, caiu, esta sexta-feira, pela segunda sessão consecutiva. Ainda assim, o balanço da semana é positiva, com o Stoxx600 a subir mais de 0,5%.
Esta evolução aconteceu numa semana marcada por volatilidade nos mercados accionistas dos dois lados do Atlântico, persistindo os receios em torno da economia chinesa. Por outro lado, os investidores estiveram atentos aos dados económicos para tentarem obter pistas sobre o próximo movimento da Reserva Federal.
O Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) reúne-se na próxima quinta-feira, 17 de Setembro, mas a expectativa dos investidores é que a subida dos juros nos Estados Unidos – que será a primeira desde 2006 – seja adiada para Dezembro, devido à turbulência provocada pela China.
Na bolsa nacional, das 18 cotadas que compõem o PSI-20, sete registaram ganhos semanais, uma ficou inalterada, e dez desvalorizaram, no balanço da semana.
A liderar as perdas esteve o Banif, que acumulou uma descida de 11,35%, e o BCP, que desceu 8,29% no acumulado da semana. O BCP quebrou a fasquia dos 5 cêntimos na quinta-feira pela primeira vez desde Julho de 2013, depois de o Société Générale ter cortado o preço-alvo das acções em 32%, para 6,45 cêntimos, nos próximos 12 meses.
Mais do que a descida da avaliação, o que pressionou as acções foi a estimativa do banco de investimento francês que o BCP necessita de realizar um aumento de capital de 750 milhões de euros em 2016 para devolver a ajuda ao Estado. Uma ideia já desmentida pelo presidente do banco, Nuno Amado, que garantiu que um aumento de capital "nunca foi debatido".
Também a Galp Energia se destacou, pela negativa, com uma desvalorização acumulada de 3,67%, numa semana em que o petróleo perdeu terreno nos mercados internacionais, pressionado pelos sinais de excesso de oferta e receios de uma quebra da procura, especialmente por parte da China.
Já a liderar os ganhos esteve a Altri, que subiu 12,03% esta semana. Na quinta-feira, os títulos da papeleira registaram uma subida de 7,84% para 3,549 euros, o que representa a maior valorização desde 7 de Setembro de 2012.
Isto depois de o BPI ter elevado a avaliação das acções da empresa de pasta e papel, de 5,10 para 5,20 euros, no âmbito de uma revisão geral aos "targets" das cotadas portuguesas.
Além da Altri, o balanço da semana é positivo para Jerónimo Martins (3,66%), CTT (1,5%), EDP Renováveis (1,16%), Portucel (0,77%), REN (0,73%) e Nos (0,55%).