Notícia
PSI-20 em mínimos de quase três semanas com apenas uma cotada em alta
A bolsa nacional está a acentuar a tendência negativa do início da sessão, com uma desvalorização superior a 1%. Na Europa, domina o pessimismo.
A bolsa nacional está a acentuar a tendência negativa, em linha com o pessimismo das principais praças europeias. Nesta altura, o PSI-20 desliza 1,11% para 4.907,55 pontos, o valor mais baixo desde 30 de Março. Das 19 cotadas que formam o principal índice nacional, apenas uma negoceia em terreno positivo – a Sonae Capital – nesta que é a primeira sessão bolsista depois da interrupção da Páscoa.
Na Europa, a maioria dos índices perde mais de 1%, depois de o referendo na Turquia ter resultado num reforço dos poderes do actual presidente, e de os Estados Unidos a Coreia do Norte terem intensificado a troca de ameaças. Por outro lado, faltam poucos dias para as eleições presidenciais em França, com a primeira volta a ter lugar este domingo, 23 de Abril. A penalizar o sentimento nos mercados está também a notícia de última hora de que o Reino Unido vai ter eleições antecipadas, a 8 de Junho.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 0,79% para 377,56 pontos, penalizado sobretudo pelas empresas da energia e mineração.
Em Lisboa, sete cotadas perdem mais de 1%. A maior descida é protagonizada pelo BCP, que desvaloriza 2,14% para 17,41 cêntimos, depois de o Norges Bank ter voltado a reforçar a posição no banco. O fundo do Montepio recua 0,24% para 40,8 cêntimos e, fora do índice principal, o BPI perde 2,25% para 1,045 euros.
Esta terça-feira, o Negócios avança que os bancos já ganharam 1.570 milhões de euros só no ano passado em impostos com o impacto das imparidades e o uso de créditos fiscais antigos. A CGD foi a que mais beneficiou.
Na energia, a Galp perde 1,75% para 14,32 euros, depois de ter apresentado esta manhã os dados preliminares do primeiro trimestre. A petrolífera viu as áreas da exploração e produção e das vendas de energia a ganharem terreno, enquanto a da refinação e distribuição registou um comportamento menos positivo.
A EDP recua 0,44% para 3,145 euros e a EDP Renováveis – que tem oito dias para avaliar a OPA lançada pela casa-mãe – cai 0,62% para 6,917 euros.
No dia em que a imprensa polaca dá conta de ameaças dos sindicatos de avançarem para uma greve na Biedronka em protesto por salários mais altos, a dona da empresa, a Jerónimo Martins, recua 0,75% para 16,595 euros. A Sonae acompanha a tendência negativa com uma descida de 0,87% para 91,4 cêntimos.
A descer mais de 1% estão ainda a Navigator, a Pharol, a Mota-Engil, a Semapa e a Altri.
A única cotada que segue no verde é a Sonae Capital, que ganha 0,46% para 87,3 cêntimos. Durante a manhã, os títulos da empresa já chegaram a tocar nos 88,5 cêntimos, o valor mais elevado desde Novembro de 2009.