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Galp melhora resultados na exploração de petróleo e venda de energia
A refinação e distribuição é a área em que a Galp registou um comportamento menos positivo no primeiro trimestre do ano. De resto, a exploração e produção e a área de vendas de energia e electricidade ganharam terreno.
A evolução da petrolífera comandada por Carlos Gomes da Silva (na foto) refere-se ao primeiro trimestre, período em que os preços médios do Brent, negociado em Londres, foi de 53,7 dólares por barril, um avanço de 58% face ao mesmo trimestre de 2016.
Na área de exploração e produção, em que a Galp se centra na produção de petróleo e gás natural sobretudo em Angola e no Brasil, o primeiro trimestre foi positivo. As variações em relação aos primeiros três meses de 2016 são significativas. A produção média "working interest" (a produção bruta de matéria-prima, sobretudo petróleo, que inclui todos os custos decorrentes das operações, como os impostos) subiu 56,1% para se fixar nos 88 mil barris de petróleo por dia.
A subida é também expressiva, na ordem dos 60,5%, no que à produção média "net entitlement" diz respeito. Neste caso, está em causa a produção obtida depois de pagos todos os custos associados a concessões, que é a que tem impacto nas contas da petrolífera, e que se fixou em 86,2 mil barris de petróleo por dia entre os meses de Janeiro e Março. Apesar disso, Angola apresenta uma variação homóloga negativa, ao contrário do Brasil.
As variações são menos consideráveis na comparação com o quarto trimestre do ano passado, com uma subida de 3,6% na produção média "working interest" e um ganho de 4,3% na "net entitlement".
Menos vendas a clientes directos
Mas a Galp é uma petrolífera integrada, pelo que tem mais áreas de negócio. Uma delas é a de refinação e distribuição, em que a variação homóloga foi positiva, excepto nas vendas a clientes directos. Nestes três meses, a margem de refinação melhorou em relação ao primeiro trimestre de 2016.
Foram processados, no primeiro trimestre do ano, 26,1 mil barris de petróleo ou produto equivalente por parte da petrolífera dona da refinaria de Sines. O número representa uma subida de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na venda de produtos refinados, foram comercializadas 4,4 toneladas métricas de produtos refinados, um aumento homólogo de 6,7%. Mas a venda a clientes directos decaiu 2,7% para 2,1 toneladas métricas.
Em vez da evolução homóloga positiva, a refinação e distribuição reporta, nos primeiros três meses, um comportamento negativo quando a comparação é feita com o último trimestre de 2016. A queda das matérias-primas processadas ascende a 9,4%, repetindo-se uma quebra de 5% nas vendas de produtos refinados.
Quebra do "trading" não impede vendas positivas
Por fim, a outra área cujos resultados operacionais são revelados pela Galp é a da energia e electricidade. Neste caso, as vendas totais subiram 7,9% no primeiro trimestre, impulsionadas, neste caso, pelas vendas a clientes directos (27,6%), que compensaram a quebra da venda nos mercados internacionais, o chamado "trading" (quebra de 10,7%).
Estes dados são relativos a aspectos operacionais, servindo apenas para os investidores avaliarem a performance da empresa antes de serem apresentados os resultados do primeiro trimestre a 2 de Maio.
(notícia actualizada com mais informações às 7:30)