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Primeira queda das bolsas europeias em mais de um ano

Este mês as bolsas europeias regressaram às quedas, algo que já não acontecia desde Maio de 2012. A queda mensal foi de 6,99%, um mínimo de Agosto de 2011, altura em que o Stoxx 600 resvalou 10,49%.

28 de Junho de 2013 às 18:50
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As bolsas europeias registaram uma queda mensal de 6,99%, o que corresponde à maior queda desde Agosto de 2011, o que ainda assim não impediu que o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias continue a registar uma valorização anual de 1,909%.

 

Desde Maio de 2012, o último mês em que o Stoxx 600 tinha registado uma queda, o índice acumula uma valorização de 25,5%.

 

O mês foi marcado pelas declarações de Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal norte-americana, que no dia 22 de Maio, em pleno congresso, divulgou as minutas da reunião dos membros da Reserva Federal, em que alguns participantes da Fed deram a entender a intenção de retirar alguns estímulos monetários nos próximos encontros caso o mercado laboral continue a mostrar sinais de melhoria.

 

Este foi o dia chave para as bolsas começarem a resvalar um pouco por todo o mundo, juntamente com o dia 19 de Junho, onde o presidente da Reserva Federal admitiu que o ritmo de compra de títulos de dívida no mercado iria começar a ser moderado no final do ano, podendo estar terminado “em meados de 2014”.

 

Também a China contribuiu para a queda das bolsas europeias, este mês, com o Goldman Sachs a rever em baixa as previsões de crescimento para a segunda maior economia mundial, para 7,4% do PIB, menos quatro décimas percentuais do que previa na estimativa anterior, devido à falta de liquidez que afecta os seus bancos.

 

Outros factores relevantes foram a revisão em baixa para o crescimento da economia, por parte do Banco Mundial, bem como a decisão grega de suspender temporariamente as emissões da tv e rádio públicas, que relançaram as preocupações em torno da estabilidade do Governo grego.

 

Por fim, e na conferência de imprensa mensal em Frankfurt, Mario Draghi apresentou novas projecções trimestrais da equipa de economistas do Eurosistema para o crescimento e para a inflação da Zona Euro. Estas apontam para uma recessão ligeiramente maior este ano (-0,6%) do que o esperado anteriormente, e para uma recuperação um pouco maior em 2014 (1,1%). A inflação manter-se-á abaixo de 1,5% nos dois anos. Além disso, o BCE não reportou novas medidas de estímulo, o que acabou por penalizar a negociação bolsista.

 

A banca foi o sector mais presente nas perdas de maior relevo na Europa, apesar de algumas empresas, como a Saipem e a Man Group, terem registado quedas de 41,26% e 33,01%, respectivamente. Os italianos Banca Populare Emilia, Banca Populare Milano e Banco Populare, registaram perdas compreendidas entre os 22,7% e os 32,01%. O espanhol Banco Popular deslizou 25,57% e o português BES recuou 23,6%.

 

No sentido oposto, e a impedir maior perdas do índice europeu, esteve o sector das comunicações, com a empresa italiana Mediaset a registar ganhos de 19,41%, a operadora alemã Kabel Deutschland, que foi comprada pela Vodafone, a apreciar 14,57%, e a empresa de telecomunicações francesa Alcatel-Lucent, a avançar 13,67%.

 

Nas principais praças europeias, todos os índices registaram quedas, com o MIBTEL, a bolsa italiana, a registar a maior queda, de 13,02%. Por outro lado, a bolsa com o desempenho menos negativo foi o DAX, o índice alemão, que depreciou 6,15%.

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